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quinta-feira, 16 de junho de 2016



A pressa de Incorporar e suas consequências.

O tema que estarei abordando é uma das maiores dificuldades encontradas dentro dos terreiros, e muitas vezes não começa ali no iniciar dentro da gira, começou bem antes quando aquele médium ainda era um consulente. Muitas pessoas quando entram num terreiro, ficam encantadas, acham aquilo tudo muito magico, acham tudo lindo, e com o tempo começam a querer fazer parte daquilo tudo, não se contentam mais em ser apenas consulentes, sentem como um chamamento, mas tem um porém, qualquer dirigente no mínimo responsável sabe perfeitamente que o ingressar dentro de um terreiro é algo de suma responsabilidade, comprometimento e seriedade, ali não é um brinquedo de um parque de diversão onde a pessoa quer passar umas horas e brincar e quando cansar largar, e que essa empolgação pode ser algo passageiro.

Quando  ocorre o despertar consciencial de uma pessoa não tem volta, é como uma casca de ovo que se quebra, aquela pessoa foi tocada pelo espiritual.

Infelizmente algumas pessoas pensam apenas impulsivamente sobre o assunto, na euforia do momento, e querem que por que querem estar dentro da gira, é onde começa o primeiro sintoma da tal complicada pressa.

Já na assistência, notamos mudanças com essa pessoa, a qual não pode sentir um arrepio se quer, que lá está ela passando mal, acreditem muitos casos “esse passar mal” é pura sugestão no intuito do guia chefe ou mesmo dirigente fazer o tal esperado convite  “… você quer entrar para a corrente…”, uma coisa que é muito notado é que quando esse chamamento está ocorrendo de fato vindo pelo espiritual, o médium sente automaticamente o peso da responsabilidade, e ele teme, não corresponder, mas passando por esse estágio de descoberta, nesse momento começa a euforia, a empolgação, uma ansiedade enorme de criar borboletas no estomago, é gostoso de se ver, mas em alguns casos infelizmente para alguns médiuns não irá passar de uma chuva de verão.
Após entrar…
O Médium quando já do uso da sua roupa branca, ele começa a observar toda a rotina da casa, seus deveres e direitos, pela qual escolheu, quando da escolha de uma casa correta e bem dirigida, ele vai observar que existe toda uma disciplina na parte do desenvolvimento mediúnico, e ele começa a perceber algumas entrelinhas, dentre algumas, que não basta ele colocar branco, para “incorporar” acoplar espiritualmente com seu guia, que não é tão fácil assim, como ele havia pensado.
Em outras situações ele se frustra porque percebe que alguns médiuns estão tendo mais facilidade de incorporar que ele. Ele por sua vez começa a ouvir conversas nos bastidores, “… há levei no máximo 3 giras para incorporar com meu preto velho, eu levei também coisa de dias…”, e ele já está no terreiro já algum tempo, e só sente vibrações. E ali começa a se comparar, se achando o pior dos piores dentro da corrente. ISSO NÃO PODE ACONTECER.
O trabalho mediúnico e espiritual na Umbanda não se limita a apenas a incorporar um guia.
Logo após essas observações, lá vem a tão famigerada PRESSA, e com ela a FRUSTRAÇÃO, o médium começa a perceber, que não era tão simples assim,  e começa a questionar, porque eu não consigo incorporar?
O médium iniciante, primeiramente ele tem que ser o máximo verdadeiro e sincero possível, precisa confiar no seu dirigente, nos guias chefes do terreiro, os quais estarão ali para assessorar no que for possível, precisa haver sempre uma conversa franca, consciente, onde o médium tem que ter o espaço para falar de suas sensações e medos para que as mesmas sejam explicadas e orientadas. O médium quando do processo de acoplamento espiritual, tem que haver uma entrega, uma confiança para aquele guia que quer se manifestar, o médium ele deve entender que ele é um instrumento, e confiar na direção dos guias chefes da casa os quais estarão conduzindo bem de perto todo processo e caso ocorra algo errado estarão ali também para consertar e direcionar o que for preciso. Sem esse desprendimento, confiança, o médium não irá conseguir fazer a entrega necessária. O medo de errar, muitas vezes inibe a chance de acertar, então não tenham medo de errar, porque errando vocês estarão aprendendo. Evitem de falar sobre suas duvidas mediúnicas e espirituais com médiuns dentro do terreiro que lhes faltem a licença e conhecimento para isso. Uma má orientação pode ser devastadora na mente de um médium iniciante. Lembre-se CONFIANÇA, faltou a mesma, talvez a casa e o dirigente não sejam para você. Infelizmente é bem assim.
Pois é pessoal, primeiramente devemos frisar que dentro de uma casa espiritual, o carro chefe são os médiuns de incorporação, mas a grande questão é que há outros dons mediúnicos, que muitas vezes vem agregados com o de incorporação mas isso não é uma regra, alguns médiuns NUNCA incorporação nas suas vidas, muitos serão auditivos, videntes, clarividentes, olfativos, dons esses extremamente necessários dentro de uma casa espiritual, mas não serão de incorporação.
Quando o médium por ventura descobre sobre esse fato, ele fica meio que perturbado, ele queria muito aquilo, muitas vezes até por falta de orientação, fica decepcionado porque ele acha dentro da sua cabeça, que teria importância apenas se fosse de incorporação, e isso não é verdade. O que seria de nossos terreiros se não fosse nossos amados  CAMBONOS, médiuns extremamente necessários, braços direito e esquerdo de qualquer dirigente e guia chefe de um terreiro, vejam bem estou falando de cambonos que realmente nunca irão incorporar, mas que são colunas energéticas essenciais dentro de qualquer casa. Mas muitas vezes o médium simplesmente não quer entender, acaba irritado e por ventura sai daquela casa que o acompanhou e pensa “… essa casa é que não prestava…”, interessante, mas há controversas, muitas vezes esse médium vai para outra casa, pode ocorrer que na outra realmente faltou algo a mais, ou simplesmente não era o lugar dele, pode acontecer é claro, mas muitas vezes ele pode  ter a infelicidade de cair na mão de um péssimo dirigente, onde por ele será  orientado de erradas formas e por ventura, ele irá começar a se auto sugestionar. Vou dar um exemplo:
A pressa muitas vezes, não é só oriunda da expectativa de um médium, muitas vezes ela vem pela mão do próprio dirigente o qual deveria combatê-la, daqueles que ficam rodando… rodando.. rodando.. sem parar seus médiuns, tipo pião, ou vai ou racha, o cidadão pensa “… vou colocar um guia nesse menino seja por bem ou por mal…”, e como isso judia, só quem já passou, ou viu de perto sabe como é danoso esses extremos. Muitas vezes o médium, por não querer mais passar por aquilo, muitas vezes ele se auto sugestiona, infelizmente finge estar com o guia, para que aquele sofrimento acabe, médiuns assim ficam extremamente anímicos, uns realmente acreditam estar incorporados, outros por outro lado, não sentem nada de irradiação e fluidificação espiritual e fingem, mistificação, esse é um dos piores erros que um médium pode cometer. E deixo uma questão no ar, e você dirigente quer médiuns sugestionados ou realmente acoplados com seus guias?
frisando que a técnica de girar o médium bem conduzida é muito pertinente em alguns casos, mas frisando quando bem conduzida, e não fazendo do médium um pião desgovernado.
Um médium sugestionado, é visível que a algo errado com ele, as pessoas começam a notar que está ali o médium e não o guia, na realidade ele acaba passando por algumas situações onde ele mesmo se perde. Um médium nesse ponto, deve ser muito bem orientado, direcionado, doutrinado, muitas vezes quando vindo de maus costumes de outras casas deverá recomeçar pelo seu próprio bem. Muitos médiuns quando só fluidificados pelo guia já acham que estão incorporados e acabam que acelerando o processo de incorporação, deixando o guia em segundo plano.
Médiuns aprendam uma coisa, não existe comparação de um médium para com o outro, cada médium traz consigo sua trajetória, sua missão, é totalmente equivocado e errado se auto comparar com a trajetória de um outro médium. Os médiuns dentro do terreiro são peças únicas, com vivências e trajetórias próprias.
Cada médium tem seu tempo para realizar seu acoplamento espiritual, há médiuns que levaram dias, outros meses, e outros anos.
Sabe aquele ditado que diz: “… a pressa é a inimiga da perfeição…”
O que adianta ter pressa, dar ali um estremecimento com o corpo em segundos, se o guia ainda tá mais de 4 metros de distância (só um comparativo do que acontece) e o médium já está no terreiro incorporado,  todo mundo olha e vê ali o médium e não o guia, não tem a autenticidade a veracidade do guia. Tem médiuns que incorporam rápido, sim claro, mas você sente o guia ali, eu conheci um médium que incorporava muito rápido, mas em segundos ele se transformava a olhos vistos, você via ali a presença autentica do guia.
Não importa a forma e sim o conteúdo dessa manifestação, cada médium tem uma forma especifica de realizar o acoplamento, o importante é que ali esteja o guia e não o médium. Uma das primeiras lições que tive é que INCORPORAÇÃO, é o médium deixar de ser ele mesmo, ele cede o papel principal para seu guia, sua entidade. Quando o médium sente mais ele que o guia tem algo errado.  E vejam bem, isso não tem nada haver com mediunidade consciente, semi-inconsciente, ou inconsciente. Porque já conheci médiuns conscientes excelentes, e por outro lado médiuns que se diziam inconscientes mistificadores natos. Trágico.
Ai pergunto, o que vale incorporar com tanta pressa, se aquela incorporação não passa confiança, seriedade e autenticidade.
Uma outra questão, muito falada de forma errada, muitas pessoas falam para o médium se ele não incorporar rápido, o guia vai abandonar o médium. Pessoal, a ligação é de lá de cima para baixo, o guia conseguirá incorporar quando esse médium estiver seguro e preparado para isso. Agora vejam bem, se o médium fica sendo pressionado, coagido, se é imposto medo a ele, ELE NUNCA VAI CONSEGUIR INCORPORAR NADA, A NÃO SER ELE MESMO dependendo da forçação de barra diga-se de passagem. E infelizmente essa falta de conhecimento está vindo de dirigentes, não somente dos médiuns.
GUIA NÃO ABANDONA MÉDIUM E PONTO FINAL. Um guia tem uma missão especifica com cada pupilo, ele independente da dificuldade de um médium X, ele jamais irá abandoná-lo por outro, porque ele como guia tem outros médiuns em vários estágios de desenvolvimento, ele é o professor o médium seu aluno. Então não existe essa pressão psicológica de dizer, “… se você ficar bloqueando seu guia, ele vai te largar…”, pura falta de conhecimento. A única coisa que provoca um afastamento de um guia, e a falta de compostura, índole, seriedade, caridade e bondade de seu médium, um guia idôneo não se compraz no mal e nem na maldade, questão de sintonia, mas caso esse médium se volte a luz novamente eles estarão ali para o receber, mas mesmo assim sempre mandaram sinais para que ele retome ao bom caminho. Mas jamais irá se afastar de seu médium num processo de aprendizagem e despertar consciencial.
Uma questão referente a incorporação que muitas vezes passa desapercebida, é que tem casos que o médium irá sentir o fluido da energia do guia, ao ponto de causar efeitos em sua matéria mas que nunca irá chegar em uma incorporação plena, o médium ele como um catalizador, ele absorve aquela energia para depois doar a quem está em volta. Um outro caso que pode ocorrer é que um médium ele pode ser instrumento de um guia, no caso de um acoplamento espiritual, uma única vez na vida por um determinado propósito e nunca mais incorporar com um guia, muitas vezes esse tipo de trabalho espiritual e incorporação é possível porque o médium se encontra a sua volta com outros médiuns e guias, o qual o magnetismo espiritual desses médiuns e guias faz com que ocorra a manifestação.
O desenvolvimento espiritual, digo desenvolvimento por ser uma forma de melhor entendimento e que já virou que costume o uso do termo, mediunidade não se desenvolve ela se desperta, é o despertar consciencial do médium, é algo muito complexo, sério, deve ser feito com muita responsabilidade, e JAMAIS COM PRESSA.
A gente vê certas falhas muito complexas dentro de um terreiro, de um lado médiuns afoitos, apressados e ansiosos, de outro dirigentes os quais parece que acham que ver seus médiuns incorporados ali é questão de status e ibope a sua casa, não priorizando a qualidade mediúnica necessária para um bom atendimento espiritual, ali exposta, está se perdendo o comprometimento e seriedade que esse despertar exige, isso não é brincadeira, não é uma pista de corrida, que quem ganha é quem incorpora primeiro, ou diria mais rápido, estão brincando de serem médiuns. O lidar com a espiritualidade exige-se respeito, ela é tudo menos uma brincadeira.
Uma das grandes dificuldades tanto dos dirigentes quando dos próprios guias e mentores é lidar com a teimosia de médiuns que não sabem ouvir, e aplicar determinadas orientações, tudo tem que ser no tempo deles e não é assim, a ligação é de lá de cima para baixo, não tem como mudar isso e caso a pressa e a teimosia insistam, fatalmente nos deparamos com médiuns literalmente na mão,  o tal  “borococho” o guia tá ali léguas de distância e o médium se passando por ele. E sabe o que é mais triste? é quando esse médium faz um papelão dentro do terreiro, mesmo depois de ser orientado, ele insiste em brincar de dar espírito. Fatalmente esse médium fica desacreditado e envergonhado.
Alguns médiuns deveriam aprender o valor do silêncio, e ficarem com suas boquinhas fechadas de quando não saberem das minucias sobre um determinado assunto, principalmente no que condiz a ESPIRITUALIDADE E MEDIUNIDADE se limitarem a aprenderem e não quererem ensinar o que não sabem nem para eles.
Cansei de ver médiuns, debochando de outros porque eles “supostamente” estavam incorporando, enquanto o irmão do lado só estava na fase do bambear. Só que lhes afirmo, vi muito médium que ninguém dava nada por ele, se manifestarem com guias e mentores com uma sabedoria milenar, é o tal julgar o conteúdo pelo frasco.
Médiuns determinadas orientações devem ser dadas por aqueles que tem competência para isso, cuidado, uma má orientação pode fazer com que se perca um médium promissor, que teria muito a oferecer, mas que por frustração ou por não se achar capaz, achou melhor abandonar tudo. Olha a responsabilidade e o peso de desviar um médium do seu caminho.
Tenham pressa na vontade de aprender, de colaborar com a casa, de ouvir. Pressa de incorporar é bobagem não importa se a sua primeira manifestação irá vir quando você menos esperar depois de anos, o que importa que aquela INCORPORAÇÃO SEJA VERDADEIRA.
E tomem muito cuidado com a fantasia, muitos de nossos guias, mentores e entidades foram pessoas simples e humildes, cuidado com essa onda de realeza, tem muito rei que não precisa de coroa e muito plebeu exigindo a mesma. Lembrem-se estamos falando de guias sérios de entidades espirituais comprometidas com a verdade. Certas realezas por mais que eles tem, não necessariamente são exploradas ou mostradas.
Espero que com essas orientações, abra reflexões a respeito, para que sejamos os médiuns necessários que nossos guias esperam de nós.
Que Oxossi nos traga sabedoria.
Cristina Alves
Templo de Umbanda Ogum 7 Ondas e Cabocla Jupira



A trilogia: Guia, médium e consulente

Todos os dias entram por nossas portas muitas pessoas a busca de uma boa palavra, um passe que as faça se sentir melhor, de uma esperança, de uma perspectiva, na realidade um caminho uma direção, chegam, sentam-se ali em nossa assistência, ansiosas, o coração batendo forte, não vendo a hora de passar com o guia e ver o que ele tem a lhes dizer.
Algumas pessoas criam verdadeiros laços de amizade pelo guia que a ajudou, muitas nem gostam de passar com outros guias, simplesmente não confiam ou é aquele ou nenhum, é muito bonito ver essa ligação de confiança que se forma, mas dessa ligação as vezes quando mal direcionada podem surgir alguns inconvenientes porque muitas vezes as pessoas misturam O GUIA com o MÉDIUM, e muitas pessoas são realmente muito invasivas, elas querem ter aquela assistência onde e em qualquer momento, acabam se tornando extremamente dependentes do médium e guia para tudo e qualquer decisão que precisem tomar,  onde esse consulente encontre o médium, elas acham que o médium tem que as atender a qualquer momento e a qualquer hora, e muitas vezes não são assuntos com urgência são assuntos banais, triviais e esse quadro ainda piora quando ficam sabendo por exemplo do número do celular ou telefone particular do médium e começam a ligar a toda hora, muitas pessoas poderão dizer nossa mas o médium não pode dar essa assistência, ai é que está o ponto X da questão, ELE NÃO É O GUIA, ELE É O MÉDIUM, ele tem sua vida particular, seu trabalho, sua privacidade e essa privacidade muitas vezes passa a ser invadida pelo assédio de algumas pessoas. Não é que ele não queira prestar o auxílio mas que tem momentos na rotina da pessoa em que ele não pode atender de pronto momento, muito menos dar passagem para o seu guia trabalhar ao bel prazer da pessoa. Mesmo o guia não pode ficar vindo a torto e direito em terra simplesmente para satisfazer o desejo da pessoa e isso agrava quando é assuntos que poderiam ser resolvidos sem a intervenção da entidade ou guia. Lembrando que nossos guias tem muitos afazeres no campo espiritual. E infelizmente há abusos de algumas pessoas que precisam ser melhor orientadas dessa dinâmica de trabalho.
O problema ainda se estende e se agrava quando esse médium passa a se predispor a fazer trabalhos particulares, explico: muitas vezes o guia pede para aquela pessoa ir e fazer uma determinada oferenda em um determinado lugar, a pessoa não quer ir sozinha, liga para o médium e o mesmo tem que dispor de um horário para ir com a mesma, se fosse algo esporádico sem problema, mas na grande maioria das vezes aquilo vira rotina e se torna um inconveniente na vida desse médium atrapalhando sua rotina pessoal. Um bom médium umbandista não cobra nenhum valor em dinheiro e até se constrange quando isso é oferecido, e as pessoas passam a ver ainda mais facilidades em assediar esse médium para tudo que queiram fazer, só que se esse médium negar a assistência por algum inconveniente ele já passa a ser visto com maus olhos injustamente e daí vem a ingratidão. Infelizmente quando se acostuma a se ouvir só sim, um não pode ser bem incomodo.
Por outro lado alguns médiuns vendo toda essa procura por seus guias e sua assistência mediúnica, acabam que se sentindo especiais e distorcendo alguns valores, e para ser bem franca, começam a se sentir vaidosos ao ponto de se acharem os próprios guias em terra, e sabemos perfeitamente que vaidade para um médium umbandista é no mínimo danosa. Temos também os médiuns que são bem espertinhos, oportunistas que  quando percebem essa facilidade e procura  de consulentes começam a tirar daí uma forma fácil de ganhar um dinheirinho extra e começam a cobrar até para acender uma vela, cometendo ai um ato contra um dos principais fundamentos da Umbanda que é a caridade. Mas triste ainda é o famoso dinheiro de chão de entidade, onde o consulente simplesmente joga aos pés da entidade alguns trocados para lhe pagar seus préstimos. Dinheiro para quem mesmo? e entramos na questão guia e médium ou médium sendo guia.
Esse tipo de procura e assédio exagerado não é saudável nem para o médium nem para o consulente, principalmente quando se tratar de conveniências e abusos.
Conheci médiuns que não conseguiam tomar um café da manhã com tranquilidade, era 24 horas pessoas batendo em seus portões para serem atendidas não mensurando nem dia e nem horário, e isso vai causando um desgaste profundo nesse médium, que começa a lhe trazer inconvenientes tanto na parte física quanto na parte energética, ele se torna uma verdadeira caçamba de cargas energéticas negativas, fora é claro transtornos em sua rotina pessoal.
Um bom médium é claro nunca irá negar a assistência espiritual a nenhuma pessoa que o procure, mas para isso tem os dias e horários dos trabalhos espirituais onde esse médium terá todo amparo de seus guias e mentores, com exceção é claro de situações de urgência e emergenciais. Sabemos perfeitamente que tem casos que se exige esse trabalho particular mas o mesmo deve ser direcionado pelo guia, e um bom guia sabe que o médium deve ter seu momento de descanso e de vida particular. Quando vemos uma entidade que exige que seu médium fique a sua disposição 24 horas por dia, pode abrir ai um outro problema, que é a obsessão por subjugação e fascinação daquele espírito para seu médium, uma outra questão importante que muitas vezes passa desapercebida a olhos desatentos, alguns médiuns chegam ao ponto de terem desgastes físicos intensos por horas e horas de trabalho, lembrando que um guia idôneo não exige e nem abusa de seu médium, respeitando seus limites. Temos evidências de guias que por trabalharem horas e horas, começavam a se comportarem como se estivessem vivos na realidade ficam mais acordados do que seus próprios médiuns. Vamos recordar esses tipos de obsessão:
Fascinação – A fascinação é entendida como uma ilusão criada diretamente pelo Espírito no pensamento do médium, inibindo seu discernimento ou sua capacidade de julgar as comunicações. O médium fascinado não se considera enganado. O obsessor consegue impedi-lo de reconhecer o engano, mesmo quando a mistificação é grosseira ou ridícula. As consequências da fascinação são mais graves, uma vez que o obsessor dirige a vítima, fazendo-a aceitar as mais absurdas teorias e ideias. Os Espíritos obsessores são geralmente, nos casos de fascinação, bastante espertos e ardilosos.
Subjugação – A subjugação é um envolvimento que anula a vontade da pessoa, fazendo-a agir de acordo com a vontade do obsessor. O obsidiado fica subordinado a um verdadeiro jugo. A subjugação pode ser moral ou corpórea. No primeiro caso, a pessoa é obrigada a tomar decisões quase sempre absurdas e comprometedoras; no segundo caso, o Espírito age sobre a organização física, provocando desde movimentos involuntários simples até lesões graves no corpo do encarnado.
E temos outra questão importante a ser abordada que é quando o médium se acha o próprio guia, alguns médiuns quando percebem que seus guias estão atendendo muitas pessoas, que as pessoas estão gostando e sendo receptivas a seus atendimentos, começam a ficar vaidosos ao ponto de acharem-se os próprios guias na terra, começam a dar atendimentos particulares, a cobrarem por esses atendimentos, a manipular alguns consulentes para que os ajudem em questões de foro particular, e infelizmente esses médiuns acabam se enganando e enganando muitas pessoas que por gostarem de seus guias  e entidades acabam se envolvendo em uma teia perigosa de más intenções. Quando o médium começa nesse caminho fatalmente ele se perde em sua trajetória mediúnica e fatalmente seus guias e entidades não irão ser convenientes nessas questões e irão se afastar de seu pupilo, e ele vendo a perda da assistência de seus guias e mentores, passam fatalmente a mistificar em suas manifestações mediúnicas, numa tentativa tola de não ficar desacreditado e também é claro para não perder seus supostos clientes. Mas com o tempo esse médium começa a dar mensagens não verídicas, o que ele fala passa a não ter a mesma eficiência do verdadeiro guia e seus tão almejados clientes começam a abrir os olhos e perceberem que algo está errado.
Um dos maiores erros de se confundir o médium com o guia é justamente quando um guia dá uma mensagem, ou advertência para uma pessoa, e a mesma fica com raiva do médium o confundindo com sua entidade e guia. Ocorrência muito comum.
Ex.: Paula é consulente, Maria sua amiga é médium de trabalho passista, seu preto velho, chama a atenção de Paula por algumas posturas que Paula anda fazendo de errado. Quando a gira acaba, Paula não quer mais falar com Maria porque ficou chateada com a mensagem do preto velho. Confundindo um com o outro.
E temos situações oriundas de inimizades, onde um guia de um médium vai falar com uma pessoa e por ela não gostar do médium da entidade, a mesma desfaz ou mesmo é grosseiro com o guia. Como já vimos também casos em que o médium passa a frente da entidade usando de sua roupagem para falar o que bem entende e maltratar um desafeto.
Situações assim são muito comuns e precisam ser evitadas, para que se evite constrangimentos desnecessários para ambos os lados.
Os cambonos e dirigentes, devem sempre na medida do possível estarem atentos a tais posturas, para que as mesmas recebam as devidas orientações doutrinárias.
E como se evitar tais posturas:
Consulentes: na grande maioria das vezes, eles não são os culpados, na realidade essa invasão foi oriunda da falta de orientação e pela permissão daquele médium, que acaba que se envolvendo em assuntos oriundos tratados entre guia e consulente, levando para sua vida pessoal. Na grande maioria das vezes se aquele consulente está sendo invasivo é porque O MÉDIUM assim o permitiu. Muitas vezes o médium quer ser atencioso, só que não mede que aquela atitude pode se tornar sim um vício incomodo da outra parte. E essas coisas precisam ser muito bem orientadas e direcionadas. Alguns dirigentes prevendo situações abusivas determinam que é FALTA GRAVE caso um médium comece a fazer trabalhos particulares sem permissão dos guias chefes do terreiro o qual pertença. Explicaremos mais adiante do porquê.
Médium: Nunca abaixe a guarda, mantenham sempre a disciplina como do primeiro dia que colocou uma roupa branca, nunca deixe que a vaidade lhe tome conta, se colocar no lugar de médium e não de guia é sábio e evita transtornos em sua vida mediúnica e pessoal. Cuidado com trabalhos particulares, trabalhar na supervisão e amparo  de um terreiro é uma coisa, trabalhar sozinho é outra bem diferente. As vezes aquele consulente que aparentemente é um caso fácil, pode se desenrolar um caso seríssimo, temos casos em que médiuns tiveram que ser socorridos por terceiros, porque mexeram em  vésperos e foram gravemente picados, resumindo não deram conta do recado. Em situações assim o médium fica numa situação muito constrangedora.
Consulentes e Médiuns: a boa palavra, o respeito, educação, devem ser carros chefes sempre. O se colocar no lugar do outro nos faz pensar sobre conceitos e atitudes imprudentes.O médium merece seu respeito e o guia idem, o consulente toda onde um não deve ser confundido com o outro jamais.


Por que o estudo incomoda tanto ao médium Umbandista?

Muitos médiuns relutam muito quando o assunto é estudo, leitura, aprendizado, alguns simplesmente acham que é chegar ali, colocar uma roupa branca, incorporar um espírito e está tudo certo, e muitos ainda acham que estão fazendo muito, como se estivessem fazendo um verdadeiro favor ao espírito de estar ali cedendo sua matéria. O que muitos médiuns se esquecem que eles também precisam se espiritualizar, se evangelizar e reformar, eles precisam alcançar sua evolução e LUZ PRÓPRIA. Um médium mal instruído, ele simplesmente acaba sendo  um possível veículo para espíritos tão ignorantes espiritualmente quanto eles próprios, fora que por não saberem as minucias que envolve a espiritualidade, mediunidade e por  não saber detectar um espírito idôneo de um que não seja, porque veja médiuns assim se colocam apenas como um marionete do espiritual onde toda e qualquer manifestação espiritual é verdadeira e idônea, não existe crivo por exemplo, lembrem-se SINTONIA E AFINIDADE: Se um suposto espírito vier e falar: oh você vai fazer esse trabalho com o nome de tal fulana um trabalho de feitiçaria, se esse espírito se identificar como sendo um guia e uma entidade famosos vamos colocar assim o médium e até mesmo o consulente cegamente o faz, sem analisar o teor da mensagem e o objetivo de tal propósito, então muitos médiuns acabam virando joguetes de espíritos mistificadores, nefastos devido a sua própria cegueira espiritual ou mesmo displicência. E não se enganem tem MUITOS por ai nesse patamar.
“O guia tem que saber tudo, eu não preciso saber nada”
Para mim essa é uma das frases mais ignorantes que eu pude ouvir na minha vida, e denota uma falta de conhecimento absurdo ao que envolve espiritualidade e mediunidade.
Dá mesma forma que um cirurgião não pode ensinar uma criança a operar, assim é comparado um guia e mentor para com seu médium, ele irá trazer seus conhecimentos a seu médium na medida e de acordo com a evolução e dedicação do mesmo em estar buscando seu próprio conhecimento. Lembrando que o guia age no mental e no psiquismo do médium. Fora que um médium instruído irá facilitar em muito o trabalho e atuação de seus mentores.
Infelizmente muitos médiuns quando chegam numa casa religiosa de Umbanda onde o estudo é exigido, simplesmente descartam, acham cansativo e moroso, fatos assim se comprovam em dias de palestras que muitos poucos médiuns as vezes participam e pior os que costumam faltar são os mais necessitados das mesmas. Para estar modificando esse quadro muitos terreiros de Umbanda estão colocando como normativa e regra doutrinaria a obrigatoriedade dos médiuns estarem sim, participando das palestras e estudos doutrinários. Não haveria necessidade disso caso os médiuns conseguissem entender da urgência e prioridade em se praticar os estudos, e do seu próprio papel no que condiz a seriedade e comprometimento.
Gostaria de frisar que o ESTUDO não é mais importante do que a EXPERIÊNCIA DE CHÃO DE TERREIRO, mas hoje em dia um não sobrevive mais sem o outro, cabe o médium  fazer das duas uma DUPLA IMPLACÁVEL, para um trabalho sério e consciente espiritualmente falando. Fora que o estudo ajuda a colocar as máscaras no chão, e verdades antes aceitáveis ou mesmo fantasiosas são desmascaradas devido a inverdades. Mas infelizmente talvez esteja ai o grande dilema, se descobrir-se mediunicamente falando e constatar que muita coisa ali ocorrendo pode estar equivocada ou pior estar muito errada, principalmente no que diz respeito a posturas, doutrinas, espíritos. Com certeza é preciso coragem e brio, força de caráter para admitir que possa se estar errando.
Mas tenham certeza é melhor descobrir tarde do que nunca.
Por outro lado, muitos médiuns se queixam que procuram conhecimento em suas casas, mas que além de não terem, todas as suas perguntas nunca são respondidas e a frase mais costumeira vinda de dirigentes é: “… ainda não é tempo para você saber tal coisa..” ou simplesmente ignoram e dizem “… não está na hora…”, claro que tudo tem seu tempo, sua hora, seu aprendizado, mas NUNCA um dirigente deve deixar seu médium sem uma resposta, pelo menos explicar do porque não pode saber. Mas sabemos que em algumas situações essas respostas na realidade é mais um escape de uma pergunta onde não se sabe uma resposta.
O que acontece muito é que temos por ai,  muitos cegos guiando cegos, dirigentes que não sabem nem para eles próprios. Muitos que a frase dita lá em cima era usualmente ouvidas de suas bocas. “… não preciso saber nada, meu guia sabe tudo…”. Realmente um guia e mentor sabe tudo, e tem plena consciência e responsabilidade de não dar conhecimento para quem não sabe lidar com ele. Para se ter conhecimento se faz necessário merecimento e sabedoria. E infelizmente tem muito dirigente ensinando e instruindo médiuns de forma equivocada e errada, e esses médiuns cedo ou mais tarde sofrem as consequências.
Muitas vezes o médium sem ter para onde correr, acaba ele por sua própria conta procurando conhecimento fora, onde na realidade deveria obtê-lo dentro de sua própria casa, e mais triste é ver médiuns sendo expulsos porque o dirigente após descobrir os tira do terreiro, porque se sente com o ego ferido, mas não consegue enxergar que ele negligenciou aquele filho.
Vejo muitos médiuns dizendo eu não gosto de ler, não gosto de palestras eteceteras e tals – TENHO PREGUIÇA. Mas engraçado que muitos desses mesmos médiuns, não podem ver uma notícia escandalizando alguém ou uma outra casa, ou um ibope negativo, ou uma futilidade, o texto pode ser enorme, eles leem tudo, participam, compartilham, a impressão que se dá que o que não presta tem mais valor, é mais interessante. O nome disso é maledicência. E eles estão sendo na realidade maus com quem mesmo?  Pensemos.
Médiuns quando frisamos em vários contextos que um médium deve-se ter comprometimento e seriedade no que condiz a espiritualidade e mediunidade não estamos jogando palavras no ar, é para seu próprio bem, uma mediunidade desequilibrada, sem instrução é veículo fácil para obsessão e para ataques de alto teor de gravidade.
Mediunidade é coisa séria, para gente séria, lembram-se dessa frase?
Alguns médiuns simplesmente se limitam, é como se achassem incapacitados para aprender, e isso não é verdade basta ter força de vontade, principalmente de gostar do que faz. Na realidade quanto mais amor mas se quer saber sobre.
Concordo plenamente, se for para um médium praticar uma mediunidade sem instrução, anti doutrinária, antes que obtenha uma mediunidade desenfreada e desequilibrada é melhor que se abstenha da pratica da mesma mais ostensivamente falando.
Muitos estão médiuns, mas muitos poucos são medianeiros sérios e conscientes.
Cristina Alves
Templo de Umbanda Ogum 7 Ondas e Cabocla Jupira.



Como melhorar a sintonia com meu guia e mentor?
Muitos médiuns me perguntam o que podem fazer para aumentar sua sintonia espiritual, como podem ajudar nos seus acoplamentos e assim por diante.
Quando ocorre o acoplamento espiritual de fato, o espírito do médium une-se com o espírito do seu guia, ele está ali, mas quem está atuando é o guia, tornando-se uma terceira energia. Algo notado e bem comum nos terreiros, podemos ver 3 falangeiros com o mesmo nome, trabalhando numa mesma gira, mas nunca serão idênticos e nem os mesmos espíritos atuando,  devido ao fato deste processo de acoplamento espiritual, poderão até ter características e estereótipos afins devido a falange, mas sempre terão algo diferente que os distingue, porque muitas vezes um espírito vem com uma outra vibração. Ex. um caboclo de Oxossi, pode vir numa vibração de Ogum, então poderemos ver uma Cabocla Jacira na vibração de Oxum e outra na de Ogum, o que daria em seus estereótipos alguns pontos específicos de cada entidade, mas ambas trabalhando na chamada da Linha de Oxossi. Cada guia tem sua personalidade.
Vamos lá, responda a essa questão:
Quando você médium vai receber alguém especial em sua casa, o que primeiramente te passa na cabeça? Provavelmente você pensaria em lhe receber da melhor forma possível, com um sorriso, boa comida,  a casa limpinha, com conforto, uma boa música tudo que pudesse lhe proporcionar conforto. Pois bem, está ai o primeiro passo, vamos manter a casa (O CORPO) em ordem, tirar as sujeitas, deixar tudo perfumado e bonito.
*Para você médium é imprescindível manter a matéria limpa, com seus banhos de descarrego, banhos que harmonizam os chakras, tudo em dia, para que o seu corpo esteja purificado, energizado, limpo, para que aquele espírito quando vier se sinta familiarizado, se sinta em casa, confortável entre amigos, que tenha a mesma sintonia energética que você. Os nossos chakras quando harmonizados agem como verdadeiros faróis que guiam os espíritos até você.
Só uma observação importante a sintonia do astral superior não desce até a nossa, lembre-se como uma estação de rádio nós é que temos que nos sintonizar a deles. Temos que estar o máximo afinados. Nesse aspecto as intenções e pensamentos devem estar de acordo com os objetivos  da egregora da corrente astral.
Para isso o médium tem que se vigiar quanto a posturas durante aquele dia, ter tomado seu banho de ervas, firmado seu anjo da guarda. Lembrem-se vocês são os anfitriões os bons modos diz: RECEBAM DA MELHOR FORMA, A CASA É SUA.
Nossos guias muitas vezes já estão a nos vigiar muito antes da hora da gira, eles sabem de suas tarefas e responsabilidades, na realidade quem as negligência  muitas vezes somos nós os médiuns. Por isso atenção.
Imaginem você entrando como visitante numa casa toda suja, impregnada de gente mal educada, grosseira, como você se sentiria? Muito mal, não é mesmo? os guias também, a grande diferença,  o que não é bom para um pode ser de gosto e arregalo da vida para outros, e assim são os espíritos negativos que se alimentam e vampirizam e gostam dessa baderna toda. Entram sentam, puxam uma cadeira, e bora tomar um gorozinho, comer uma carne, tudo de boas, as custas do tolo anfitrião que abriu a casa para a malandragem. O pobre médium se torna ai um marionete nas mãos de espíritos negativos e zombadores.
Mas um dia o dono da casa, pode se cansar de toda aquela farra, que está lhe desgastando, lhe trazendo prejuízos e buscar ajuda. E nesses casos nada melhor que a polícia do astral para solucionar e tirar esses abusados da casa. Os guias e mentores eles enfrentam, mas eles muitas vezes esperam o chamado, esperam o grito de socorro verdadeiro, sincero, está ali a redenção. Mas como todos bons emergentes sabem puxar a orelha quando preciso, porque os filhos tem que se conscientizar de suas responsabilidades, além do mais lidar com o espiritualidade nunca foi fácil e nem brincadeira.
A sintonia com seu guia, começa dias antes do momento da gira, os guias e mentores ficam atentos a posturas, comportamentos, pensamentos e tudo ali está sendo pesado cuidadosamente para ser avaliado como aquele médium irá chegar no dia do trabalho e até que ponto ele está absorvendo as lições dadas pelos seus mentores. Muitas vezes quando enxergam o pupilo meio desajustado, desequilibrado, utilizam por sinais, intuições, tipo:
“…oh fulano não esqueça vá tomar seu banho de descarrego/defesa..”
“…oh tal atitude não é legal falta poucas horas para o trabalho, é bom maneirar ai na bebida, na paquera, etc…”.
Avisos esses vindos muitas vezes pelas bocas de outras pessoas que são intuídas para isso. Mas muitas vezes o médium simplesmente não quer entender, não quer ouvir,  ele quer bagunçar, irresponsavelmente vai todo desgrenhado e sujo para a gira, e chegando lá o resultado não tinha como ser diferente algo deu errado, e os colegas de trupe apareceram. Observem como poderia ter sido evitado caso aquele médium tivesse feito seus cuidados com esmero. Muito poderia ser resguardado, inclusive toda harmonia e segurança espiritual da casa, que em certos ataques pode ficar comprometida.
É amigos, água mole em pedra dura, tanto bate até que fura.
Mas não é só isso, não adianta o médium chegar no terreiro impecável, se chegando na casa religiosa, colocar tudo a perder, com más posturas, como falação, fofocas, intrigas, invejas, ciúmes, querendo escolher a vítima do dia para puxar o tapete.
O famoso cobra engolindo cobra.
Pode ter certeza coisa boa também não irá se sintonizar. O médium quando chega no terreiro deveria se resguardar, falar pouco, se preparar em silêncio, e ir se preparando para quando o convidado especial chegar, tudo esteja a seu gosto e preferência. Mas não é isso que acontece, é um que fala da vida do irmão, é outra que fica comentando da roupa da irmã porque é nova e a dela é velha, é o ciúme que não permite ver novos irmãos e irmãs no santo com bons olhos. Novamente o que tinha ido bem, caiu em frangalhos. Percebem como é minucioso, pois é não é fácil, mas é simples, basta cada um cuidar do seu. Observem que não é fácil manter uma gira equilibrada, quando vemos nos bastidores parece tudo fácil mas não é. Assumir a responsabilidade e o papel nesse consenso é de suma importância, tanto para os médiuns quanto para os dirigentes.
Terreiro é família é elo é corrente, um elo está fraco?
Se não consertado ele estoura a corrente. Pensemos.
Numa família um ajuda o outro, um se responsabiliza em amparar o outro. Pelo menos deveria ser assim.
Tem médiuns que quando chegam em ordem, começam a se preocupar com consciência, quando vou chegar na semi-inconsciência, quando vou ficar inconsciente será que vai demorar, trava uma verdadeira batalha, mas de fato muitas vezes é puro ego é para provar alguma coisa para o irmão do lado do que por cuidado e esmero. Tem médium que é tão inseguro que ele força a barra, ele quer ficar, chegar na tal  inconsciência que ele coloca na cabeça, trejeitos tipo: não vou abrir os olhos porque se eu olhar para o meu irmão vou ficar com medo dele achar que não estou com guia, outros travam tudo não saem do lugar, outros colocam os pés pelas mãos, estes é algo sério, porque correm o risco de tão anímicos provocarem uma mistificação, e ai a coisa se complica, porque além de serem vítimas de sua própria precipitação passa a ser joguete fácil na mão de espíritos mistificadores. Por isso moderação e disciplina.
Médiuns esqueçam um pouco ok, essa coisa de consciência ou não, como numa escola deixem-se passar por etapas, sem querer passar de ano, sem ter aprendido no mínimo o ABC.
Caros médiuns não se cobrem tanto, parem de achar que tem que provar algo para alguém, você tem que provar para você mesmo, ali é você e seu guia, uma parceria, como se fosse um namoro, tem que ter confiança, entregue-se a essa segunda energia, e deixe-se levar pela terceira que se torna. O bom médium é aquele que se torna um instrumento afinado e se deixa tocar pelo músico experiente. Lembrando que como um instrumento tem afinação para sair uma boa música o médium carece de doutrina.
Muita oração, muito ouvido atento e observação, sem pressa, quem tem pressa como cru, e no que condiz  a mediunidade come sangrando e dá uma baita dor de barriga. E na duvida sempre pergunte, o melhor médium é aquele que veste a camisa do mandato que lhe foi confiado e busca.
Entendam a consciência é como um carro (corpo), você é o passageiro e o guia o motorista Ok?
Vocês saem para uma viagem bem agradável, que poderá ocorrer 3 percursos:
O primeiro: Você está ligado em tudo, olhando em tudo, mas o nosso motorista (guia), está ali te acompanhando e tomando conta da estrada. Neste estágio: Você está CONSCIENTE.
No segundo: Depois de horas de viagem, aquela agitação do começo cede lugar para uma canseira gostosa, e você em alguns momentos cochila e em outros acorda. Nesse estágio: Você está SEMI-INCONSCIENTE.
No terceiro: Você com plena confiança no motorista, você adormece tranquilamente, porque sabe que logo chegara e o motorista é bom e você confia plenamente nele no volante.
Mas nunca tente tomar o volante da mão dele, ele é habilitado você não.
Mas observem em todos os estágios o guia estava ali presente.
Médium consulte seu dirigente ele saberá orientar com mais primor as ervas adequadas para seu aprimoramento de acordo com a raiz e tradição de sua casa.  E vai chegar o tempo que você irá descobrir maneiras de melhorar sua canalização, com estudo, comprometimento, ao ponto delas se tornarem tão partes de você que não terá mais dificuldades, tudo será natural.
Na frente só a meta e a missão a ser cumprida – DA FÉ, DO AMOR E DA CARIDADE.
Lembrem-se médiuns muita calma, cada médium tem seu tempo para seu despertar mediunidade não deve ser forçada. Respeite seus dons, cada um nessa seara linda que chama Umbanda é uma flor única.
Axé.
Cristina Alves – Templo de Umbanda Ogum 7 Ondas e Cabocla Jupira