Powered By Blogger

domingo, 30 de outubro de 2011

JURAMENTO UMBANDISTA

JURAMENTO DO MÉDIUM

“Ao abraçar a fé umbandista, eu juro solenemente perante Deus e os Orixás, aplicar meus dons de mediunidade somente para o bem da humanidade;

Reconhecer como irmão de sangue os meus irmãos de crença;

Praticar com amor a caridade, respeitar as leis de Deus e as dos homens, lutando sempre pela causa da justiça e da verdade.

Não utilizar e nem permitir que sejam utilizados os conhecimentos adquiridos num terreiro, para prejudicar a quem quer que seja”.

EXUS E POMBAGIRAS

EXUS E POMBAGIRAS

0s guardiões do terreiro, Entidades de segurança nos Templos de Umbanda.
Temos que começar a mudar nossos conceitos de Exú e Pomba Gira. Vamos a partir de agora ver o Exú e a Pomba Gira como aquela polícia que guarda e toma conta das ruas obedecendo sempre uma hierarquia de comando, que é o Exú chefe do Terreiro, e acima dele os guias chefes da Casa.
Podemos também ver os Exús como aqueles lixeiros alegres que passam pelas ruas recolhendo toda a “sujeira”. Vêm com brincadeiras e algazarras, mas fazem um trabalho enorme em benefício da sociedade, que diga-se de passagem é muito pouco reconhecido.
E as Pomba-giras seriam as “margaridas” mulheres que trabalham também na limpeza de nossas ruas e nossa cidade, exercendo a sua profissão com presteza e determinação. Assim como devemos ter um conceito mais respeitoso do Exú, devemos também dedicar mais respeito aos trabalhos das Pombas Giras, deixando de encará-las como mulheres vulgares e da vida, que só vêm “para arranjar casamento” ou o que é pior, para desfazer casamentos… Isto é uma coisa absurda e vulgar…
O trabalho da Pomba Gira é sério. É também um trabalho de descarrego, de limpeza, de união entre as pessoas. De abertura dos caminhos da vida, seja do ponto de vista material, mental ou espiritual.

O que é esse lixo?
- Nossos pensamentos negativos.
- Nossa sociedade desigual, perversa e preconceituosa.
- Nossas ações.
- Nossas emoções negativa se sobrepondo a nossa capacidade de amar.

Por isso devemos respeitar ao máximo o trabalho dos Exús, levando-os a sério e não os desrespeitando e nem os menosprezando.
Sabendo que a religião de Umbanda, segundo o Caboclo das Sete Encruzilhadas é “A manifestação do espírito para a prática da caridade”, qual a principal função desempenhada pelos Exús nos nossos Templos, Terreiros, Casas ou Centros?
Na Umbanda o Exú é uma Entidade (alma) que cuida da Segurança da casa e de seus médiuns.
Todas as religiões tem entidades que cumprem esse papel. Um bom exemplo disso são as comunicações recebidas por Chico Xavier e Divaldo Franco mostram a existência desses espíritos trabalhando também no Plano Astral.
A reunião de Exú ou Gira de Exu tem como finalidade descarregar os médiuns e os consulentes. Unindo suas energias eles são capazes de entrar em contato e orientar mais facilmente com almas que ainda não encontraram um caminho. Estas almas vivem entre os encarnados, prejudicando-os, obsidiando-os e até mesmo trazendo-lhes um desequilíbrio tão grande que são considerados loucos. Para este trabalho eles necessitam muito de nosso equilíbrio e de nossa energia.
Nosso equilíbrio é utilizado por eles no momento em que as entidades sofredoras se manifestarem com ódio, rancor, raiva, para que tenhamos bons pensamentos e sentirmos verdadeiro amor e harmonia para que desta maneira as desarmemos e não as deixemos tomar conta da situação e, quem sabe, até as persuadir a mudarem de caminho libertando-se assim do encarnado ao qual está ligada.
Nossa energia é utilizada em casos em que estas almas estão sofrendo com o desencarne, tristes, com dores, humilhadas, desorientadas, assim eles transformam as nossas energias em fluidos balsâmicos que as ajudam, em muito, na sua recuperação.
Muitas destas almas desorientadas não conseguem nem se aproximar dos Terreiros de Umbanda pois os Exús da Tronqueira ( Porta de entrada) ficam encarregados de fazerem uma triagem liberando a passagem apenas das almas que eles percebem já estarem prontas para o socorro, ou seja, prontas para seguirem um novo caminho longe do encarnado ao qual estava apegada.
Este trabalho de separação é feito por eles com muito empenho e seriedade e será muito melhor sucedido se o encarnado der continuidade ao mesmo, melhorando os seus pensamentos e se livrando da negatividade e do medo. Os Exús são almas que riem, fazem troça, mas não brincam em serviço. Por este motivo, gostaríamos que os médiuns tivessem por eles o maior respeito e consideração, pois são eles os nossos guardiões e da Gira, reponsabilizando-se pela limpeza dos fluidos ou energias mais pesadas.
Cada pessoa que entra em uma casa de Umbanda traz consigo seu saco de lixo cheio (são seus pensamentos, suas raivas, suas desilusões…) e são os Exús os trabalhadores encarregados de juntarem todos estes sacos para descarregar, dando a cada um de nós a oportunidade de diminuirmos o nosso lixo e facilitando nossas próximas limpezas.
Cada vitória nossa é para estas Almas trabalhadoras um passo no caminho do desenvolvimento.

A saudação aos Exús:

LARÓYÈ, Exú é MOJUBÁ!
Laróyè = Salve, que também quer dizer Salve Compadre !
Moju (Viver a noite) Bá (armar emboscadas) ou seja “armam emboscadas na vida noturna”.

Saudação às Pombagiras:

SARAVÁ, Pombagira; Pombagira SARAVÁ!
Saravá é uma corrupitela do verbo salvará.

Mas na Umbanda o trabalho dos Exús é o de guardião.
Assim ao cumprimenta-lo/la estamos dizendo:
- Salve aquele que vive à noite e que arma emboscadas.
- Salvará, Pombagira; Pombagira Salvará!
Assim estamos reconhecendo seu poder e ao mesmo tempo estamos pedindo “Àquele que vive a noite, que nos livre das emboscadas”.

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Em face a tantos conflitos...

Em face a tantos conflitos...


Em face à tantos conceitos cósmicos e questões que se reportam aos conhecimentos helênicos e transcendentais, a de se observar um largo distanciamento do umbandista do que seja a essência da Umbanda, Religião abraçada por muitos, porém, pouco vivenciada pela grande maioria dos que Dela participam.
Viver a Umbanda não é dar-lhe nomes cabalísticos com a finalidade e preocupação precípua de demonstrar-lhe sua área de atuação;
Viver a Umbanda não é direciona-la aos que possuem inteligências notáveis, apresentando-a em pontos e contrapontos tão somente para as mentes brilhantes.
Viver a Umbanda não é limita-la a tal ou qual escola porque nenhuma Delas é dona da Umbanda.
Umbanda: “manifestação do Espírito para a caridade!”
A de ser reconhecer que quando os filhos dessa Banda lhe nomeiam, direcionam a uma minoria como sendo os eleitos para assimilação da verdade ou a limitam, estão forçosamente fazendo um caminho inverso do que seja o exercício da caridade.
A Umbanda é grandiosa! Tão grandiosa que esconde sua verdadeira
face nas formas fluídicas escolhida pelos seus trabalhadores espirituais que se apresentam nos terreiros como Caboclos, Pais Velhos, Ibeijadas e Exus.
A Umbanda é ampla por agregar em si espíritos de todas as nacionalidades que se amoldam perfeitamente ao seu triângulo de sustentação.
A Umbanda é rica! Não por alguns templos suntuosos que a projetam, mas, sim, pela simplicidade que fala aos corações sofridos!
A Umbanda é humildade pela palavra consoladora e de fácil entendimento para os que a ouvem com a ausculta astral!
A Umbanda é caridade pela extensão dessa palavra que caminha
ladeada ao amor!
A Umbanda é energia em pleno movimento! Em plena extensão!
Expandam vossas mentes!
Calem vossas intolerâncias, as vossas indiferenças!
Sensibilizem vossos corações! Pois, só assim valerá a pena estar na Umbanda. Ser umbandista! Até porque fora disso não resultará em nada os filhos terem visto a Luz de Oxalá e permanecerem cegos.
Umbanda é trabalho!
Então meus filhos! Trabalhem pelo vosso próximo! Trabalhem por vocês! Trabalhem pelo hoje preparando o futuro de muitas gerações.
Lembrem-se! Vocês são instrumentos de uma Causa muito Maior a qual não vê fronteira e nem rótulos, mas, sim, a disposição que cada qual tem de servir a Lei de Aruanda.
Os modismos passam e sempre passarão! Mas, a Umbanda permanecerá em toda sua plenitude, o que será visto pelos que tem olhos de ver e ouvidos para ouvir.
Patacori Ogum!
Ogum nhê!

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O orgulho e a humildade

O orgulho e a humildade

Eu acredito que todo mundo já deve ter ouvido muitas vezes a palavra humildade, não é mesmo?
Essa palavra é muito usada, mas nem todas as pessoas conseguem entender o seu verdadeiro significado.
O termo humildade vem de húmus, palavra de origem latina que quer dizer terra fértil, rica em nutrientes e preparada para receber a semente.
Assim, uma pessoa humilde está sempre disposta a aprender e a deixar brotar no solo fértil da sua alma, a boa semente.
A verdadeira humildade é firme, segura, sóbria, e jamais compartilha com a hipocrisia ou com a pieguice.
A humildade é a mais nobre de todas as virtudes, pois somente ela predispõe o seu portador, à sabedoria real.
O contrário de humildade é o orgulho, porque o orgulhoso nega tudo o que a humildade defende.
O orgulhoso é soberbo, julga-se superior e esconde-se por trás da falsa humildade ou da tola vaidade.
Alguns exemplos talvez tornem mais claras as nossas reflexões.
Quando, por exemplo, uma pessoa humilde comete um erro, diz: "eu me equivoquei", pois sua intenção é de aprender, de crescer. Mas quando uma pessoa orgulhosa comete um erro, diz: "não foi minha culpa", porque se acha acima de qualquer suspeita.
A pessoa humilde trabalha mais que a orgulhosa e por essa razão tem mais tempo.
Uma pessoa orgulhosa está sempre "muito ocupada" e não encontra tempo para fazer o que é necessário. A pessoa humilde enfrenta qualquer dificuldade e sempre vence os problemas.
A pessoa orgulhosa dá desculpas, mas não dá conta das suas obrigações e pendências. Uma pessoa humilde se compromete e realiza.
Uma pessoa orgulhosa se acha perfeita. A pessoa humilde diz: "eu sou bom, porém não tão bom como eu gostaria de ser".
A pessoa humilde respeita aqueles que lhe são superiores e trata de aprender algo com todos. A orgulhosa resiste àqueles que lhe são superiores e trata de pôr-lhes defeitos.
O humilde sempre faz algo mais, além da sua obrigação. O orgulhoso não colabora, e sempre diz: "eu faço o meu trabalho".
Uma pessoa humilde diz: "deve haver uma maneira melhor para fazer isto, e eu vou descobrir". A pessoa orgulhosa afirma: "sempre fiz assim e não vou mudar meu estilo".
A pessoa humilde compartilha suas experiências com colegas e amigos, e o orgulhoso guarda suas experiências para si mesmo, porque teme a concorrência.
A pessoa orgulhosa não aceita críticas, a humilde está sempre disposta a ouvir todas as opiniões e a reter as melhores.
Quem é humilde cresce sempre, quem é orgulhoso fica estagnado, iludido na falsa posição de superioridade.
O orgulhoso se diz céptico, por achar que não pode haver nada no universo que ele desconheça, o humilde reverencia ao criador, todos os dias, porque sabe que há muitas verdades que ainda desconhece.
Uma pessoa humilde defende as idéias que julga nobres, sem se importar de quem elas venham. A pessoa orgulhosa defende sempre suas idéias, não porque acredite nelas, mas porque são suas.
Enfim, como se pode perceber, o orgulho é o grilhão que impede a evolução das criaturas, a humildade é chave que abre as portas da perfeição.
Você sabe por quê o mar é tão grande? Tão imenso? Tão poderoso? É porque foi humilde o bastante para colocar-se alguns centímetros abaixo de todos os rios.
E o mar sabendo receber, tornou-se grande. Se quisesse ser o primeiro, se quisesse ficar acima de todos os rios, não seria mar, seria uma ilha. E certamente estaria isolado.
Muitos dos conflitos que afligem o ser humano decorrem dos padrões de comportamento que ele mesmo adota em sua jornada terrestre.
É comum que se copiem modelos do mundo, modelos que entusiasmam por pouco tempo, sem que se analisem as conseqüências que esses modos comportamentais podem acarretar.
Não se tem dado a devida importância ao crescimento e ao progresso individual dos seres.
Alguns crêem que os seus próprios erros são sempre menores do que os erros dos outros.
Outros supõem que, embora o tempo passe para todos, não passará do mesmo modo para eles.
Iludem-se no sentido de que a severidade das leis da consciência atingirá somente os outros.
Embriagados pelo orgulho e pelo egoísmo deixam-se levar pelos desvarios da multidão sem refletir a respeito do que é necessário realmente buscar-se.
É chegado o momento em que nós, espíritos em estágio de progresso na Terra, devemos procurar superar, de forma verdadeira, o disfarçado egoísmo, em busca da inadiável renovação.
Provocados pela perversidade que campeia, ajamos em silêncio, por meio da oração que nos resguarda a tranqüilidade.
Gastemos as nossas energias excedentes em alguma atividade fraternal e voltada à verdadeira caridade.
Cultivemos a paciência e aguardemos a benção do tempo que tudo vence.
Prossigamos no compromisso abraçado, sem desânimo, sem vãs ilusões, confiando sempre no valor do bem.
É muito fácil desistir do esforço nobre, comprazer-se por um momento, tornar-se igual aos demais, nas suas manifestações inferiores.
Todavia, os estímulos e gozos de hoje, no campo das paixões desgovernadas, assemelham-se ao sabor dos temperos que se transformam em ácido e fel, passados os primeiros momentos.
Aprendamos a controlar as nossas más inclinações e conseguiremos vencer se perseverarmos no bom combate.
Convertamos sombras em luz.
Modifiquemos hábitos danosos, em qualquer área da existência, começando por aqueles que pareçam mais fáceis de serem derrotados.
Sempre que surgir a oportunidade, façamos o bem, por mais insignificante que nosso ato possa parecer.
Geremos o momento útil e aproveitemo-lo.
Não nos cabe aguardar pelas realizações grandiosas, e tampouco podemos esperar glorificação pelos nossos acertos.
O maior reconhecimento que se pode ter por fazer o que é certo é a consciência tranqüila.
Toda ascensão exige esforço, adaptação e sacrifício, enquanto toda queda resulta em prejuízo, desencanto e recomeço.
Trabalhemos nossa própria intimidade, vencendo limites e obstáculos impostos, muitas vezes, por nós mesmos.
Valorizemos nossas conquistas, sem nos deixarmos embevecer e iludir por essas vitórias.
Há muitas paisagens, ainda, a percorrer e muitos caminhos a trilhar.
Somente a reforma íntima nos concederá a paz e a felicidade que tanto almejamos.
A mudança para melhor é urgente, mas compete a cada um de nós, um trabalho corajoso e individual de decidir a partir de quando e como essa mudança se dará.
Um certo moço vivia com sua jovem esposa em um lugar de muito pouco progresso e sentia que ali a sua vida nunca iria mudar.
Não tinham filhos ainda, eram jovens muito jovens e e sentiam-se fortes e capazes de enfrentar todos os problemas da vida, mas ali nada poderiam esperar.
Então, este moço, decidiu que sozinho iria partir em busca de aprendizado e riquezas que pudessem as suas vidas melhorar.
Uma dia disse adeus para sua esposa amada com a intenção firme de voltar somente quando tivesse recursos para fazer as mudanças para melhor na vida dos dois.
Pediu apenas para a esposa que lhe esperasse e lhe fosse fiel porque ele voltaria um dia e queria poder abraçá-la e reiniciar juntos uma vida nova.
Ela prometeu, jurou e ele se foi. E ele caminhou por muitos e muitos dias até que chegou em uma região de grande progresso e numa fazenda de produção pediu emprego e foi logo aceito.
Só que ao novo patrão quis esse moço fazer um trato: Não queria receber por hora nenhum pagamento, queria que tudo ficasse guardado para que quando tivesse o bastante, pudesse voltar para seu lar onde morava a sua saudade.
O patrão aceitou e o tempo foi passando rapidamente e vinte anos se passaram e aquele moço que já agora não era tão moço, resolveu voltar para o antigo lar pois seu coração estava corroído pela saudade imensa da esposa que havia lá deixado há tantos anos.
Solicitou do seu patrão o acerto de contas e o patrão lhe fez uma proposta: Perguntou se ele seria capaz de trocar todo o dinheiro acumulado durante vinte anos de trabalho por apenas três bons conselhos que este lhe daria, conselhos que o ajudaria a ficar vivo para bem viver.
O moço pediu três dias para pensar e passado o prazo ele procurou o patrão e disse que havia pensado muito e que concordava com a proposta: Quero os três conselhos e abro mão de todo dinheiro que juntei! Quais são esses três conselhos que o Senhor acredita ser tão importantes para a minha vida?
O patrão respondeu:
-Primeiro: Nunca deixe a estrada principal. Não pegue atalhos ou você perderá a sua vida.
-Segundo: Não aceite os convites do mal. Feche seus ouvidos para a maldade. E sua vida será preservada.
-Terceiro: Nunca tome suas decisões quando estiver nervoso, ou seja, nunca resolva nada de cabeça quente e será mais feliz!
O moço agradeceu e se despediu do patrão e tomou o rumo da estrada.
O patrão lhe entregou um pacote e lhe disse: Aqui estão três pães, esses dois pães primeiros você poderá comê-los quando sentir fome pelo caminho, mas este terceiro pão você só poderá comê-lo quando estiver junto com a sua esposa tão amada.
Mais uma vez o homem moço, que não era mais tão moço, agradeceu e iniciou a sua grande jornada de volta para o lar.
Muito já tinha caminhado quando algumas pessoas estranhas lhe disseram que se ele pegasse um outro caminho que lhe ensinavam ele ganharia tempo e chegaria dois dias antes ao seu destino.
Ele aceitou e já estava mudando seu rumo quando lembrou do primeiro conselho do seu ex-patrão: Não pegue atalhos, fique nas estrada principal e mais que depressa voltou para antiga estrada de onde havia saído.
Mais adiante ficou sabendo que aquele atalho era na verdade uma armadilha onde as pessoas eram assaltadas e mortas.
E assim pela primeira vez começou a achar que tinha feito um bom negócio, o primeiro conselho já estava lhe sendo muito útil e tanto que já havia lhe salvo a vida.
Muito mais adiante, sentiu a necessidade de um banho e de dormir em uma cama limpinha, coisa que há muito tempo não fazia e numa hospedaria de beira de estrada ele conseguiu o que procurava e pode então repousar o seu corpo cansado da viagem.
No meio da noite foi despertado por gritos horríveis que vinham do corredor e pulou depressa da cama e já estava com a mão na fechadura para abrir a porta do seu quarto quando se lembrou do segundo conselho: Não aceite os convites do mal! Trancou a porta novamente e foi dormir tranquilamente.
No outro dia, o dono da hospedaria lhe disse que estava surpreso por vê-lo vivo e lhe contou um segredo: Ele tinha um filho perturbado mental que tinha ataques de loucura no meio das noites e matava os hospedes que acorriam aos seus gritos e os enterrava no fundo do quintal.
Mais uma vez aquele moço, que já não era mais tão moço, agradeceu o bom negocio que fizera com seu patrão, mais uma vez devia a sua vida aos conselhos daquele que fora seu patrão por tantos anos.
Seguiu viagem, caminhou muito e finalmente se aproximou de sua casinha quando a noite já se avizinhava.
Mas quando chegou bem perto notou que duas pessoas estavam na varanda de sua casa, a primeira era a sua amada e a segunda era um belo homem muito jovem que tinha sua cabeça no colo de sua esposa e esta lhe fazia um carinho em seus cabelos.
O moço, que agora já não era tão moço, sentiu seu sangue ferver e suas mãos se encheram de uma energia estranha e na sua mente só havia uma vontade: Matar aquela mulher traidora.
Foi quando lhe veio à mente a lembrança do terceiro conselho do seu ex-patrão: Não resolva nada de cabeça quente! E o moço, que já não era tão moço, esfriou e resolveu dormir do lado de fora da casa e somente depois do amanhecer é que iria a sua mulher procurar para verdadeira separação realizar.
Quando o dia amanheceu ele bateu na porta de sua casinha e aquela mulher que ele amava tanto pulou no seu pescoço e tentava beija-lo, mas ele se esquivava o que causou estranheza na mulher e os dois começaram a conversar.
E ele disse da sua tristeza. E havia permanecido fiel e ela o trocara por um homem bem mais jovem e ele só estava ali para se despedir em definitivo.
Ela chorando emocionada lhe contou o que ele não sabia. Aquele belo moço que ele havia visto era seu filho. Quando ele havia partido ela havia ficado grávida e não lhe havia contado por que ela também não sabia e havia tanto amor em seus olhos e na sua voz que aquele moço, que agora já não era tão moço, acreditou no aquela mulher sincera lhe falava e seu coração endurecido pelas suspeitas novamente se curvou diante da força do amor que o convidava para a felicidade e foram os dois acordar o filho que dormia no quarto ao lado, confirmando toda a verdade.
E juntos abraçados ouviram a história do moço que não era mais moço e agradeceram o terceiro conselho que havia evitado que uma grande tragédia.
Foi nesse momento que se lembrara de partilhar o terceiro pão que o pai havia trazido da viagem e descobriram que dentro daquele pão, o patrão, havia guardado todo o dinheiro que aquele homem humilde havia, durante vinte anos com seu suor conquistado.
Meus amigos, esta história é apenas para ilustrar a mensagem que quero deixar para todos:
Sigamos nossas vidas lembrando destes três conselhos e humildemente iremos aprendendo que fomos criados para aprender a viver as leis de amor e a sermos um dia , infinitamente felizes...
Palestra organizada por Sergio Avelhaneda

HUMILDADE E ORGULHO

Humildade e Orgulho


Um Sábio relatou: "Certa vez quando viajava de navio, desabou uma violenta tempestade e por sorte conseguimos chegar ao abrigo de uma baía protegida. Quando o temporal passou, deixamos nosso esconderijo e continuamos viagem. De repente, avistamos o casco quebrado de uma embarcação. Chegando mais perto, percebi que se tratava justamente do navio no qual um grande mestre estivera navegando. Meu coração, abalado, encheu-se de dor.

"Qual não foi a minha surpresa quando, ao desembarcar, corri para a Casa de Estudos e ali avistei, sentado, ensinando pacientemente os seus discípulos, o venerável Mestre!

"Mestre!" – gritei – "conte-me como escapou da tempestade, se eu vi com meus próprios olhos o casco da sua embarcação que naufragava?"

De maneira respeitosa, como era o seu costume, ele respondeu:

"Um pedaço de madeira flutuou perto de mim, quando o mar estava a ponto de me engolir. Agarrei-me a ele e com a ajuda de D’us, subi e pude voltar para casa."

"Mas Mestre, conte por favor, como não foi tragado pelas ondas gigantescas que afundam navios inteiros, para não dizer um minúsculo ser humano flutuando num pedaço de madeira?"

Disse ele:

"Eu inclinei a cabeça diante de cada onda."

Cuidado com o orgulho, pois de fato não existe nada que possa realmente chamar de seu para justificar a soberba: nem riqueza, beleza força ou inteligência são méritos seus. Lembre-se, tudo que você possui é uma dádiva de D’us.

Você diz que foi aplicado, trabalhou muito e por fim conseguiu o sucesso. É verdade que sem dedicação e muito trabalho não teria chegado a lugar algum. Mas lembre-se de como tudo poderia ter um resultado diferente se a Providência tivesse arranjado as coisas de modo diverso.

Você não foi um pouco mais afortunado, com um pouco mais de "sorte" que seus amigos, que trabalharam tanto quanto você?