sexta-feira, 19 de abril de 2013
MEDIUNIDADE EM UMBANDA – AS QUEDAS DO MÉDIUM
Mistérios e Práticas da Lei da Umbanda – WW da Matta e Silva)
Os médiuns na Umbanda e em outras correntes, também, costumam cair ou baquear por
três coisas:
a) Excesso de vaidade
b) Ambição pelo dinheiro fácil facultado pelo mau uso da mediunidade
c) Sexo, ou seja, ligações amorosas nas dependências do terreiro
Temos observado, verificado mesmo, que muitos médiuns dentro do 1º e 2º caso,
costumam voltar à linha justa, depois de convenientemente disciplinados pelos seus
protetores. Para uns, apenas alguns trancos duros os consertam; para outros, faz-se
necessário severos castigos etc, para se reintegrarem e finalmente receberem o perdão,
visto terem deixado de lado tanta vaidade oca e prejudicial e tanta ambição pelo
dinheiro fácil, “do santo”…
Porém, no 3º caso, o perdão – salvo condições excepcionalíssimas – é difícil, é raro…
Quando, por via das condições excepcionais em que conateceu o erro, alguns têm sido
perdoados de consequências maiores, mas uma coisa é certa: – geralmente são
abandonados pelos seus protetores, isto é “o caboclo, o preto-velho” não volta ao
exercício mediúnico com eles – os médiuns que decaíram pelo sensualismo, pelo
desrespeito às coisas espirituais de seus Terreiros ou de seus “congás” e, portanto,
sagradas…
Não adianta a esses tais “médiuns-decaídos” quererem empurrar teimosamente, nos
outros, “o seu caboclo , o seu preto-velho”… Uma mancha negra persegue-os, não se
apaga, ninguém se esquece do caso e, no fundo, ninguém acredita neles e mesmo os de
muita boa vontade, acabam sempre duvidando de suas “mediunidades, de seus
protetores etc”…
Sabemos que a maior regra, a maior força que existe para um médium segurar por toda
sua vida terrena a proteção de suas entidades afins, é a sua conduta reta em todos os
setores, é a sua MORAL, especialmente no seio familiar…
Allan Kardec – Livro dos Médiuns, fala sobre isso também, de outra forma.
Vejamos:
2ª Estará no esgotamento do fluido a causa da perda da mediunidade?
“Seja qual for a faculdade que o médium possua, ele nada pode sem o concurso
simpático dos Espíritos. Quando nada mais obtém, nem sempre é porque lhe falta a
faculdade; isso não raro se dá, porque os Espíritos não mais querem, ou podem servir-se
dele.”
3ª Que é o que pode causar o abandono de um médium, por parte dos Espíritos?
“O que mais influi para que assim procedam os bons Espíritos é o uso que o médium faz
da sua faculdade. Podemos abandoná-lo, quando dela se serve para coisas frívolas, ou
com propósitos ambiciosos; quando se nega a transmitir as nossas palavras, ou os fatos
por nós produzidos, aos encarnados que para ele apelam, ou que têm necessidade de ver
para se convencerem. Este dom de Deus não é concedido ao médium para seu deleite e,
ainda menos, para satisfação de suas ambições, mas para o fim da sua melhora espiritual
e para dar a conhecer aos homens a verdade. Se o Espírito verifica que o médium já não
corresponde às suas vistas e já não aproveita das instruções nem dos conselhos que lhe
dá, afasta-se, em busca de um protegido mais digno.”
8ª A suspensão da faculdade não implica o afastamento dos Espíritos que habitualmente
se comunicam?
“De modo algum. O médium se encontra então na situação de uma pessoa que perdesse
temporariamente a vista, a qual, por isso, não deixaria de estar rodeada de seus amigos,
embora impossibilitada de os ver. Pode, portanto, o médium e até mesmo deve
continuar a comunicar-se pelo pensamento com seus Espíritos familiares e persuadir-se
de que é ouvido. Se é certo que a falta da mediunidade pode privá-lo das comunicações
ostensivas com certos Espíritos, também certo é que não o pode privar das
comunicações morais.”
10ª Por que sinal se pode reconhecer a censura nesta interrupção?
“Interrogue o médium a sua consciência e inquira de si mesmo qual o uso que tem feito
da sua faculdade, qual o bem que dela tem resultado para os outros, que proveito há
tirado dos conselhos que se lhe têm dado e terá a resposta
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