Powered By Blogger

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Prece a vovó Maria Conga

Benevolente e iluminada Vó Maria Conga,peço a tua proteção e bendigo a tua presença em todos os momentos.

Quero pedir-te que venha em meu auxílio juntamente com toda tua corrente bendita.

Traga-me a benção de teus sábios conselhos.

Dái-me a paz que trazes no olhar.

Seca minhas lágrimas com tua ternura.Livra-me do perigo.

Livra-me da incerteza.

Vó Maria Conga peço-te coragem nos momentos difíceis.

A tu que sofreste tanto e suportaste tudo com humildade e perdão, peço força e luz.

Que assim seja

Que Oxalá nos ilumine sempre

Saravá .'.
ORAÇÃO AO SENHOR TRANCA RUA DAS ALMAS


Faço reverência a vós mistério sagrado da criação, vós que sois a manifestação do divino, peço que possa se manifestar entre nós, conforme nosso merecimento. No seu poder, na sua força, e na sua magnitude, pelo caminho tripolar que emana de vós, pelo caminho que só vós conheceis, pela força que só a vós pertenceis, e pelo poder de trancar a vós concedido, eu peço:

Que as trevas que habitam em mim sejam trancadas.

Que o ódio e o sentimento impuro, que emanam da minha alma, sejam trancados.

Que a falsidade que exala dos meus poros seja trancada.

Que o rancor e a miséria que habitam o meu coração sejam trancados.

Que a dissimulação e a superficialidade, que nasce da minha língua, sejam trancados.

Que o egoísmo e a maldade, que transcendem da minha mente, sejam trancados.

Que a palavra torta que sai da minha boca e o pensamento roto que sai da minha cabeça contra o próximo, sejam trancados.

Que a capacidade que os meus olhos têm de amaldiçoar e destruir sejam trancados.

E assim, fonte primária da criação, assim que trancar a tudo isso no seu âmago, pois é na vossa essência que tudo isso se desvitaliza, peço a vós que:

Destranque todas as portas do meu caminho.

Destranque todas as passagens da minha jornada.

Destranque toda prosperidade material e espiritual.

Destranque o meu coração das amarguras.

Destranque o meu sustento de cada dia.

Destranque os meus corpos espirituais e o meu corpo material da agonia, do desespero e da aflição que me assolam na calada da noite.

Destranque o meu emprego, o meu negócio e a minha morada material.

Destranque o martírio familiar pelo qual eu tenho passado.

Destranque os meus olhos para as maravilhas do mundo espiritual.

Destranque a minha liberdade!

Pois vós, Força Sagrada do Divino Criador, é o portador supremo da Vitalidade!

Salve o Mistério Tranca-Ruas!!!

Laroiê!!!
Para conhecimento de todos

Bater com as pontas dos dedos, no chão:

Da mão esquerda, e depois cruzando os dedos com as palmas das mãos voltadas para o solo; Saudando Exu;

Da mão direita, fazendo uma cruz e depois fazendo a cruz no peito; Saudando os Pretos Velhos.

Da mão direita, depois tocando a fronte (Eledá), o lado direito da cabeça (Otum – 2º Orixá) e a Nuca (os Ancestrais); Saudando os orixás e guias;

Da mão direita 3 vezes e depois tocando a fronte, o lado direito da cabeça e a nuca, para saudar Obaluaiê.

Cumprimento Ombro-a-Ombro

Quando um Guia cumprimenta um consulente ou um assistente com o bater de ombro, isto é sinal de igualdade, de fraternidade e grande amizade.
Somos ou estamos?




Amigos, em algum momento de suas caminhadas vocês já se perguntaram se SÃO ou ESTÃO Umbandistas?

Ser Umbandista é não ter vergonha de dizer que é UMBANDISTA. Estar Umbandista é fugir do assunto quando perguntado.

Ser Umbandista é ir para o terreiro pensando em ajudar a melhorar um pouco o mundo e conseqüen temente receber sua parte nesta melhora. Estar Umbandista é simplesmente ir ao terreiro para resolver a sua vida.

Ser Umbandista é não ter vergonha de limpar cinzeiros, varrer o chão, acender um cachimbo, enfim é não ter vergonha de servir. Estar Umbandista é fugir dos trabalhos mais humildes, achando que sua capa cidade esta acima deles.

Ser Umbandista é estar presente no terreiro pronto a “receber” qualquer entidade que esteja sujeita ou que necessite vir, mesmo sendo um irmão sofredor, praticando assim a verdadeira caridade. Estar Umban­dista é se preocupar com que entidade vai “receber”, torcendo para que seja uma bem famosa.

Ser Umbandista é não se preocupar com o tempo que vai precisar ficar no terreiro até que todos os que precisam sejam atendidos. Estar Umbandista é preocupar-se com a demora uma vez que tem outros compromissos.

Ser Umbandista é agradecer aos Guias e Orixás por sua vida.

Estar Umbandista é barganhar com eles por favores mesquinhos.

Enfim ser Umbandista é amar a Umbanda e assumí-la como sua religião, falando de suas virtudes, mas sem fechar os olhos para seus problemas. Estar Umbandista é gostar da Umbanda enquanto ela servir.

E nós? Somos ou estamos Umbandistas?

Marco Boeing
” A Umbanda que eu conheço, não nos faz “ganhar na loteria”, “achar potes de ouro no fim do arco-íris”, encontrar um príncipe encantado montado em um cavalo branco e nem uma princesa de grandes e grossas tranças, não coloca na conta de Deus o que devemos, nem nos dá seguro de carro, casa ou vida, nos dá sim a força espiritual e o entendimento para resolvermos todos estes pequenos problemas com discernimento e humildade, aceitando o que não podemos evitar e evitar o que não devemos fazer.

Nos dá a paz de espírito e faz com que todos os problemas pareçam menores quando olhamos para trás e vemos o desespero daqueles que nos procuram.”

A.D.

Os espíritos não resolvem seus problemas

Robson Pinheiro

Muita gente procura o centro espírita em busca de uma conversa direta com os guias espirituais. Talvez acreditem que, se tiverem oportunidade de conversar, chorar suas mágoas e defender suas idéias de autopiedade, os espíritos se mobilizarão para auxiliá-los e destrinchar suas dificuldades com toda a urgência e facilidade. Meu Deus, como muitos amigos(as) estão equivocados! espírito nenhum resolve problemas de ninguém. Esse definitivamente não é o objetivo nem o papel dos espíritos, meu filho(a). Se porventura você está em busca de uma solução simples e repentina para seus dramas e desafios, saiba que os espíritos desconhecem quimera capaz de cumprir esse intento.

No espiritismo, não se traz o amor de volta; ensina-se a amar mais e valorizar a vida, os sentimentos e as emoções, sem pretender controlar os sentimentos alheios ou transformar o outro em fantoche de nossas emoções desajustadas.

Os espíritos não estão aí para “desmanchar trabalhos” ou feitiçarias; é dever de cada um renovar os próprios pensamentos, procurar auxílio terapêutico para educar as emoções e aprender a viver com maior qualidade.
Até o momento, não encontramos uma varinha mágica ou uma lâmpada maravilhosa com um gênio que possa satisfazer anseios e desejos, resolvendo as questões de meus filhos(as). O máximo que podemos fazer é apontar certos caminhos e incentivar meus filhos(as) a caminhar e desenvolver, seguindo a rota do amor.
Não adianta falar com as entidades e os guias ou procurar o auxílio dos orixás, como muitos acreditam, pois tanto a solução como a gênese de todos os problemas está dentro de você, meu filho. Ao menos no espiritismo, a função dos espíritos é maior do que satisfazer caprichos e necessidades imediatas daqueles que concentram sua visão nas coisas do mundo. Não podemos perder nosso tempo com lamentações intermináveis nem com pranto que não produza renovação. Nosso campo de trabalho é a intimidade do ser humano, e a cientização de sua capacidade de trabalhar e investir no lado bom de todas as coisas. Nada mais.
Tem gente por aí se deixando levar pelas aparências de espiritualidade. A grande multidão ainda não despertou para as verdades espirituais e acha-se com os sentidos embriagados e as crenças arraigadas em formas mesquinhas e irreais de viver a vida espiritual. Persegue soluções que lhe sejam favoráveis, e, em geral, tais soluções dizem respeito a questões emocionais ou materiais que meus filhos(as) não se sentiram capazes de superar. Ah! Como se enganam quanto à realidade do espírito.
O aprendizado da vida é longo, amplo e exige um esforço mental de tais proporções que não torna fácil romper com os velhos hábitos de barganhas espirituais aprendidos com as religiões do passado.
Fazem-se promessas, cumprem-se rituais na esperança de que os espíritos ou Deus concedam-lhes um favor qualquer em troca de seus esforços externos, que presumem sobrepor-se aos valores internos. Pensamentos assim resultam de uma educação religiosa deficiente e advêm de hábitos seculares que perduram nos dias atuais e carecem de uma análise mais profunda. Os indivíduos que agem com base nessas premissas evitam reconhecer sua responsabilidade nos acontecimentos que os atingem e pensam enganar a Deus com seu jeito leviano e irresponsável de tratar as questões espirituais. Fatalmente se decepcionam ao constatar que aquilo que queriam não se realizou e que as focas sublimes da vida não se dobraram aos seus caprichos pessoais.
Os problemas apresentados pela vida têm endereço certo, e não há como transferi-los para os espíritos resolverem. Se determinada luta ou dificuldade chega até você, compete a você vencê-la. Na sede de se livrar do processo educativo ministrado pela vida, meus filhos(as) esperam que , os espíritos, possam isentá-los de seus desafios. Isso é irreal. Não detem o poder de transferir de endereço a receita de reeducação que vem para cada um. Nenhum espírito minimamente esclarecido poderá prometer esse tipo de coisa sem comprometer o aprendizado individual. Foram chamados pelo Pai para auxiliar meus filhos(as) apontando o caminho ou a direção mais provável para alcançarem êxito na construção de sua felicidade.
Vejam como exemplo a atuação do próprio Nosso Senhor Jesus Cristo. Mesmo matando a sede e a fome de multidões, ele não arranjou emprego para ninguém. Curou e restabeleceu a saúde de muitos que nele acreditaram, mas não libertou ninguém das conseqüências de seus atos e escolhas. Sabendo das dificuldades sociais da época, não tentou resolver questões que somente poderiam ser transpostas com o tempo e o amadurecimento daquele povo. Em momento algum o vimos a prescrever fórmulas para dar fim a desavenças de ordem familiar, socioeconômica nem tampouco emocional, recomendando meios de trazer o marido de volta ou fazer a pessoa amada retornar aos braços de quem deseja. Uma vez que ele é o Senhor de todos os espíritos e não promoveu coisas nesse nível, como podemos nós, seus seguidores, sequer cogitar realizá-las?
O que podemos deduzir das atitudes de Nosso Senhor, meus filhos(as), é que, se ele não se dispôs a realizar tais demandas, que na época certamente existiam, é porque a natureza de seu trabalho era outra. Mesmo debelando os males, prestando o socorro que podia, ele não eximiu a população de enfrentar seus desafios. Quem recebeu o pão voltou a ter fome e inevitavelmente teve de trabalhar para suprir as próprias necessidades; quem foi curado teve de aprender a valorizar a própria vida, pois outras enfermidades viriam mais tarde; quem Jesus ressuscitou dos mortos desencarnou mais adiante. Em suma, o processo de reeducação a que conduzem os embates da vida é tarefa de cada um. Cristo Nosso Senhor apenas indicou a direção, mas cabe a cada seguidor palmilhar o caminho com suas próprias pernas, avançando com passos seguros e resolutos em seu aprendizado.
Através desse raciocínio, meu filho(a), você poderá compreender a razão pela qual não há proveito em recorrer aos espíritos para livrá-lo do sofrimento ou isentá-lo de dificuldades. Esse é o caminho do crescimento na Terra, e não há como fugir às próprias responsabilidades ou transferir o destino das tribulações. A dívida acorda sempre com o devedor, não há como se furtar a essa realidade.

Capítulo do livro Pai João, da Casa dos Espíritos Editora. (livro Alforria reeditado)

Apesar de nossos defeitos, precisamos enxergar que somos pérolas únicas no teatro da vida e entender que não existem pessoas de sucesso e pessoas fracassadas.
O que existe são pessoas que lutam pelos seus sonhos ou desistem deles.
Lute diante as coisas mais difíceis de sua vida com amor e sabedoria, para que um dia você possa olhar para trás e dizer:

"FOI DIFÍCIL, MAS EU VENCI."
ACEITANDO A MEDIUNIDADE


Depois dos primeiros indícios do afloramento da mediunidade os médiuns menos teimosos buscam auxílio com pessoas mais experientes, sejam outros médiuns ou estudiosos do assunto.

MUITO CUIDADO NESSE MOMENTO, todo o trabalho de preparação montado pelos mentores pode desmoronar porque a pessoa que foi falar com o médium é um radical ou alguém que usa o contato com o plano espiritual para obter benefícios próprios.
Depois de aceitar a mediunidade o médium deve ter paciência, embora seja difícil porque muitas vezes está desesperado com as sensações mediúnicas. Contudo, querendo ou não ele deverá esperar, porque o alívio será gradual e o controle somente ocorrerá depois de algum tempo de aprimoramento.

Vamos abordar algumas dúvidas comuns para os que sentem sua mediunidade aflorar de forma descontrolada.


NÃO ADIANTA FUGIR OU FINGIR,VOCÊ SEMPRE SENTIRÁ

Mediunidade é uma aptidão, o médium foi preparado antes de nascer para obter uma sensibilidade que está além do seu estado evolutivo, seu corpo astral e etérico estão preparados para comunicação (de acordo com o tipo de mediunidade) com o mundo espiritual, por isso não adianta achar que “aquela sensação” não
acontecerá novamente.

O estudo e aprimoramento são importantes porque o médium passa a entender suas sensações (perde o medo) e também a manter contato com espíritos superiores, que trazem sensações suaves e agradáveis.

Alguns médiuns são afastados do trabalho mediúnico quando chegam a idade avançada, já que existe um desgaste físico, principalmente em reuniões de desobsessão. Nesses casos o médium cumpriu seu  mandato” mediúnico, sendo sempre auxiliado por seu mentor.

Allan Kardec fala sobre o assunto no Livro dos Médiuns:

"Para isso, em vez de pôr óbices ao fenômeno, coisa que raramente se consegue e que nem sempre deixa de

ser perigosa, o que se tem de fazer é concitar o médium a produzi-los à sua vontade, impondo-se ao Espírito. Por esse meio, chega o médium a sobrepujá-lo e, de um dominador às vezes tirânico, faz um ser submisso e, não raro, dócil. "

NÃO ADIANTA FAZER "TRABALHOS" PARA "FECHAR"

A aptidão do médium é um presente dado por Deus, é uma oportunidade recebida para acelerar sua evolução espiritual e ao mesmo tempo auxiliar os irmãos que sofrem na Terra.

Não é possível que espíritos ajam contra a vontade do Pai, retirando a mediunidade.

Os trabalhos podem isolar temporariamente o médium ou colocar um espírito "de guarda" para que ninguém se aproxime (isso só funciona para espíritos inferiores), contudo, cedo ou tarde o médium sentirá novamente o contato com o mundo espiritual, muitas vezes de forma mais agressiva ou intensa do que tinha anteriormente.

Existem casos em que o médium é muito novo ou por algum motivo excepcional pede que seja  temporariamente atenuada sua sensibilidade para que no futuro ela possa desenvolver sua faculdade com segurança e harmonia. Isso pode acontecer, contudo, é raro e é necessário autorização dos espíritos superiores.

Não adianta orar e pedir que isso aconteça devido a problemas egoístas, isso não vai adiantar, embora o médium não lembre, foi ele solicitou a mediunidade.


NÃO PAGUE A MÉDIUNS QUE SE DIZEM TERAPEUTAS

Assim como aconteceu comigo, alguns médiuns ficam desesperados quando a sua mediunidade aflora e morrem de medo de ir ao centro espírita porque acham que quando colocarem o pé nessas casas vão começar a gritar e cantar, perdendo o controle sobre si mesmo.

Isso não é verdade, aliás, muito pelo contrário, como falamos em artigos anteriores uma casa de trabalhos espirituais é protegida por espíritos que não permitem a entrada de quem não é desejado.

Bom, pelo motivo citado acima muitos procuram (como eu fiz) alguém que possa ajudá-lo, e, muitas vezes

acabam caindo em "consultórios" de médiuns que chamamos de mercenários ou interesseiros, porque cobram pelos dons espirituais que possuem.

Esses médiuns não são indicados para acompanhar o aprimoramento mediúnico e não devem ser seguidos porque ao seu lado estão falanges de espíritos ainda despreparados para tarefas de tão grande responsabilidade. Alguns podem até ter algum conhecimento espiritual, mas não tem o grau de evolução suficiente para guiar um médium em sua tarefa espiritual, os mentores da Umbanda e de Centros Espíritas se especializam em auxiliar médiuns, além de possuírem um grau de evolução que lhes permite um contato mais puro com o Pai, desprovido de interesses próprios.

Os médiuns interesseiros são subjugados por essas falanges que só ajudam quando existe algum interesse envolvido. Alguns não são maus, contudo, ainda são egoístas e interesseiros.

Volto a dizer, lugar de médium se tratar é no Centro Espírita ou Templo de Umbanda, primeiro participando do tratamento e palestras, depois estudando e finalmente, se assim desejar, iniciando o aprimoramento mediúnico para utilizar sua aptidão em favor do próximo.


"TERRORISMO ESPIRITUAL" IHHH...TEM QUE TRABALHAR

Infelizmente muitos médiuns esquecem de como chegaram ao centro que hoje freqüentam, é muito humano o esquecimento, a vaidade, o orgulho, a sensação de superioridade.

Por terem encontrado no trabalho espiritual uma fonte de luz acreditam que essa é a solução, se trabalhar espiritualmente o seu problema acaba.

Esquecem que o médium descontrolado que pede ajuda está massacrado pelo mundo espiritual (para ele o astral inferior é o mundo espiritual, ele só conhece o que sente) e o querido amigo médium fala para ele que ele tem que trabalhar....???!!

Tenhamos um pouco de sensibilidade e humildade, uma conversa amiga, um conselho, ouvir o que o irmão precisa falar, é disso que ele precisa.

O médium descontrolado não pode ser obrigado a trabalhar, se o mentor que o acompanha não se faz visível e fala que ele tem que trabalhar então que dirá do médium que o recebe no centro.

Na hora certa ele poderá escolher, porque o trabalho mediúnico tem que ser realizado de corpo e alma, restrições, mudanças, muita força de vontade, coragem, perseverança, etc... Não se pode obrigar ninguém a fazer isso, é uma opção e ela tem que vir de dentro.

Temos a obrigação de aconselhar o estudo, mostrar a importância da freqüência ao centro, falar sobre o Evangelho no Lar, etc.

Existem também alguns que se aproximarão da casa espírita como doadores de energia, sua presença é importantíssima para os trabalhos de cura ou de desobsessão, não é obrigatório que ele se aprimore mediunicamente, seu infinito amor por Jesus é importante para auxiliar nas reuniões.

Cada médium deve trilhar o seu caminho, o mentor estará sempre próximo, fazendo o possível para auxiliar, mas o médium deve fazer as suas escolhas e se responsabilizar por elas, pois caso contrário não terá evoluído.

Muitos querem ser fantoches, mas isso não é a vontade do guia espiritual, seu maior desejo é o crescimento espiritual do pupilo, mesmo que seja mais demorado, difícil e doloroso.


O MELHOR LUGAR PARA O MÉDIUM SE TRATAR

Mesmo que o médium em desequilíbrio não deseje “aprender” a controlar a sua mediunidade, ele deve freqüentar um centro para receber o tratamento espiritual. Serão afastados obsessores, ele receberá
algumas instruções sobre o que sente e receberá passes de limpeza e vitalização. Com o decorrer do tratamento ele se sentirá mais tranqüilo e poderá avaliar melhor o que está passando.

A grande maioria dos centros SÉRIOS possuem tratamento espiritual, QUE NUNCA É COBRADO e que

NÃO OBRIGA ninguém a se tornar médium. O paciente pode freqüentar a casa durante o tempo que desejar, sem ter nenhuma obrigação de se tornar médium, qualquer casa que fale o contrário não deve ser freqüentada, pois ninguém pode obrigar um médium a trabalhar.

As seguintes opções devem ser descartadas para tratamento e aprimoramento do médium em desequilíbrio:

• "Terapeutas Espirituais" que cobram pelo serviço.
• Aprimoramento mediúnico com um amigo médium ou amigo do amigo que conhece.

É muito importante que o médium freqüente uma casa espírita, mesmo que opte por não fazer parte do corpo mediúnico. Sua hipersensibilidade precisa de ambientes que o acalmem e que possibilitem o contato com energias superiores.
O contato com a natureza, banho de mar, cachoeiras, lugares silenciosos e arejados são de grande importância para manutenção do padrão vibratório do médium.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Incentivo ao Amigo


Quando o sonho se desfaz,

Deus reconstrói.

Quando se acabam as forças,

Deus renova.

Quando é inevitável conter as lágrimas,

Deus dá alegria.

Quando não há mais amor,

Deus faz nascer.

Quando a maldição é certa,

Deus transforma em benção.

Quando parece ser o final,

Deus dá novo começo.

Quando a aflição quer persistir,

Deus nos envolve em paz.

Quando a doença assola,

Deus é quem cura.

Quando o impossível se levanta,

Deus o torna possível.

Quando faltam as palavras,

Deus sabe o que queremos dizer.

Quando tudo parece se fechar,

Deus abre uma porta.

Quando você diz: não vou conseguir,

Deus diz: Não temas, pois estou contigo.

Quando o coração é machucado por alguém,

Deus é quem derrama o bálsamo curador.

Quando não há possibilidade, Deus faz milagre.

Quando só há morte, Deus nos faz persistir.

Quando a noite parece não ter fim,

Deus faz nascer o amanhecer.

Quando caímos num profundo abismo,

Deus estende sua mão e nos tira de lá.

Quando tudo é dor, Deus a dá o refrigério.

Quando o calor da provação é grande,

Deus dá a sombra de sua presença.

Quando o inverno parece infinito,

Deus traz o verão.

Quando não existe mais fé, Deus diz: Acredita!

Quando estamos a um passo do inferno,

Deus dá a direção do céu.

Quando não temos nada,

Deus nos dá tudo.

Quando alguém diz não somos nada,

Deus nos diz que somos mais do que vencedores.

Quando se torna difícil caminhar, Deus nos carrega no colo.
O TRAJE DA ALMA

Sem maiores preocupações com o vestir, o médico conversava descontraído com o enfermeiro e o motorista da ambulância, quando uma senhora elegante chega e, de forma ríspida, pergunta:

- "Vocês sabem onde está o médico do hospital"?
Com tranquilidade, o médico respondeu:

- "Boa tarde, senhora! Em que posso ser útil"?

Ríspida, redarguiu: -

"Será que o senhor é surdo? Não ouviu que estou procurando pelo médico?"

Mantendo-se calmo, contestou:

- "Boa tarde senhora! O médico sou eu. Em que posso ajudá-la?"

- "Como?! O senhor?! Com essa roupa?!?"

- "Ah, senhora, desculpe-me! Pensei que a senhora estivesse procurando um médico e não uma vestimenta..."

- "Oh, desculpe, doutor, boa tarde! É que...vestido assim, o senhor nem parece um médico..."

- "Veja bem como são as coisas" - disse o médico. "As vestes parecem não dizer muita coisa, pois quando a vi chegar, tão bem vestida, pensei que a senhora fosse sorrir educadamente para todos e depois daria um boa tarde!"".

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Alguns Mandamentos do Médium Umbandista


1) Não Ter no coração os sentimentos de superioridade, nem desejos de comparações desnecessárias.

2) Ter como primordial a vontade de alcançar o prometido em esferas superiores e demonstrar aos seus semelhantes.

3) Que os olhos da observação sejam o complemento de seus ideais mediúnicos: a curiosidade desnecessária atrai longo tempo perdido.

4) Não fazer justiça segundo seus interesses menores, a verdadeira sabedoria é estar vigilante consigo mesmo.

5) Não ser um ditador de normas e condutas, mas sim um orientador através de exemplos dados, através de suas atitudes.

6) Ter confiança nas entidades que o cercam, nem sempre se enxerga as verdades com os olhos da matéria. Está escrito : o que se colhe é o que se plantou.

7) Não acumular trabalhos desnecessários, nem se sobrecarregar com conversações fúteis. Guardar o tempo, pois a serenidade tem que ser o principal exemplo, e esse só é demonstrado com o equilíbrio.

Ser umbandista é ser resignado.

Ser umbandista é alterar um conceito e um modo de vida.

Ser umbandista é evitar os costumes e as atitudes que nos afastam a presença de Deus.

Ser umbandista é ter dedicação total, é ter aprimoramento contínuo e vigilância duradoura contra as atitudes que nos afastam do bem.

Ser umbandista é ter como meta a caridade, a bondade, a verdade e o amor divino.

Ser umbandista é ter vontade, ter perseverança para dissipar as controvérsias e dificuldades que tanto nos afastam do caminho justo e luminoso.

Enfim, ser umbandista é ser aplicador das leis de Deus e como Ele, será - sem dúvida - apedrejado por injustiças, por ignorâncias, por malidicências,; mas, como recompensa, terá a paz e o verdadeiro significado do sentimento de amor e caridade.
10 MANDAMENTOS PARA O TRABALHO ESPIRITUAL


1. Não se desconectar da matéria. O excesso de espiritualismo pode criar uma descompensação com graves prejuízos para a vida pessoal e material de uma pessoa. A matéria é tão importante quanto o espírito; ambos são matizes, graus da mesma manifestação. Nenhum dos dois pode prevalecer sobre o outro.

Antídoto: equilíbrio.

2. Não despertar os poderes antes da consciência. Os poderes estão a serviço da consciência. Não é preciso buscá-los; quando chega o momento, eles surgem naturalmente. Buscar o poder antes do saber é inverter a ordem natural do processo. Para que sirvam a consciência, os poderes devem ser doados a partir de algo além de nossa vontade.

Antídoto: eqüanimidade.

3. Não fixar-se em pessoas em vez de em suas informações. Você não monta uma casa em um túnel. Ele é só um meio para se chegar até ela. Quem depende de um mestre volta à infância psicólogica. Em um processo de iniciação ou terapêutico isso pode ser necessário, mas somente como uma fase a superar, e não como um estado onde parar.

Antídotos: discernimento e moderação.

4. Não sentir excesso de autoconfiança. Quem se crê autosuficiente é uma presa fácil para os agentes do engano e não raro se vê envolvido por eles. Quem crê demais na própria capacidade está fadado a equivocar-se.

Antídoto: desconfiar de si mesmo.

5. Não sentir-se superior. Nunca julgue que a própria linha de trabalho é superior às demais. Essa superioridade é a antítese do esoterismo, que afirma justamente a omnipresença da consciência em todos os seres e caminhos. Essa postura desconecta uma pessoa das autênticas correntes da consciência amplificada, e é o ponto de partida para a via negra.

Antídoto: eqüidade.

6. Não deixar-se levar por impulsos messiânicos. A vontade de salvar os demais é uma armadilha fatal. Sua tela de fundo é a vaidade e a insegurança.

Essa fobia paranóica rompe com os canais de conexão com o mestre interior, bloqueia o processo de autoconhecimento e lança a espiritualidade numa espiral involuta, além de inibir o direito ao “livre-arbítrio de cada um”.

Antídoto: confiança na existência.

7. Não tomar medidas inconseqüentes. O entusiasmo pode levar uma pessoa a romper com seu círculo profissional e familiar sem necessidade. Com o “fluir” ou o “fechar os olhos e saltar” — axiomas que só deveriam ser usados em situações muito especiais —, os idiotas mais entusiasmados do mundo esotérico incentivam os recém-chegados a se arrebentarem logo na largada.

Antídoto: responsabilidade serena.

8. Não agir com demasiada rigidez. Encantada com as novas informações que lhe ampliam a consciência, uma pessoa pode-se tornar intolerante. Ela tem a tentação de impor sua forma de pensar e seus modelos de conduta aos demais. Limitando sua capacidade de ver a partir de outras perspectivas, ela perde o acréscimo de consciência que havia conquistado.

Antídoto: tolerância e relaxamento.

9. Não se dispersar. Estudar ou praticar demasiadas coisas ao mesmo tempo sem aprofundar-se em nenhuma delas leva a uma falsa sensação de saber.

Nessa atitude, pode-se passar uma vida inteira andando em círculos, enquanto se faz passar por um sábio.

Antídoto: concentração.

10. Não abusar. Manipuladas, as informações espirituais servem de álibis ou justificativas convincentes para os piores atavismos. Usar essas informações para fins muito particulares é um crime. Ninguém profana impunemente o que pertence a todos.

Antídoto: retidão e integridade

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Medo da morte


PAI JOÃO DE ARUANDA

Meus filhos têm muito medo da morte.

Alguns que se dizem mais sábios têm falado que a morte não existe. Mas ela existe sim. A morte que vocês temem não é aquela que existe, pois o que se teme é a passagem para o lado de cá da vida, a forma como a morte pode acontecer, mas dessa morte não há que se ter medo, não. Ela é só uma passagem, uma travessia, como se fosse uma ponte ligando dois lados de uma mesma vida.

Afinal de contas vocês ensaiam todos os dias para a morte. Deitam, dormem e acordam sem se darem conta de que esse é um ensaio da vida para a grande viagem da morte.

A própria natureza ensaia constantemente para mostrar ao homem a realidade da vida. O sol nasce e se põe, renasce no outro dia, mostrando a lição da morte e da vida. Desde as plantas aos animais, morrendo cada dia, tudo demonstra que sempre há um recomeço, uma continuidade e que o que vocês chamam de morte é apenas uma passagem para a verdadeira vida.

Mas a morte que vocês devem evitar é de Outro tipo: a morte da consciência. Quando o homem deixa morrer a sua consciência, deixa de amar e passa para o ódio, a vingança, a paixão desenfreada, ou qualquer outra degradação da alma, aí sim, ele está morto. É um cadáver que sai pelo mundo perambulando, um “sem-vida”, que passa pelo mundo mas não vive, porque não ama. Dessa morte é que vocês têm de fugir, essa morte é que meus filhos têm que evitar.

O contrário, a outra morte que é aparente, é pura ressurreição Morrer, todo mundo morre um dia, mas desencarnar é deixar os apegos da matéria e tudo o que isso representa. Aí é que pai-velho diz que desencarnar é para poucos. Porque poucos são os que sabem desapegar-se e exercitar a espiritualidade dentro de si. Então, por que ter medo de morrer? Para quem tem a consciência tranqüila, morte é vida, recomeço que representa novas oportunidades de realização.

O Amor....

Amor não é posse. Amar é doar, é libertar, é permitir que o outro tenha a oportunidade de escolher e trilhar o caminho que lhe é próprio. Amar é permanecer amando, mesmo sabendo que os caminhos escolhidos são diferentes do nosso.
 “A dor é um instrumento de Deus muito mais eficiente que Pai João. Quando nego não consegue trazer um filho para os braços de Deus, então vem a professora dor, que é infalível. Ela sempre traz os filhos de volta para os caminhos do Pai”.


Pai João de Aruanda
PAI NOSSO DA UMBANDA

Pai nosso que estais nos céus, nas matas, nos mares e em todos os mundos habitados.
Santificado seja o teu nome, pelos teus filhos, pela natureza, pelas águas, pela luz e pelo ar que respiramos. Que o teu reino, reino do bem, do amor e da fraternidade, nos una à todos e a tudo que criastes, em torno da sagrada Cruz, aos pés do divino salvador e redentor.
Que a tua vontade nos conduza sempre para o culto do amor e da caridade.
Dai-nos hoje e sempre a vontade firme para sermos virtuosos e úteis aos nossos semelhantes.
Dai-nos hoje o pão do corpo, o fruto das matas e a água das fontes para o nosso sustento material e espiritual.
Perdoa, se merecermos, as nossas faltas e dá o sublime sentimento do perdão para os que nos ofendam. Não nos deixeis sucumbir, ante a luta, dissabores, ingratidões, tentações dos maus espíritos e ilusões pecaminosas da matéria.
 Enviai-nos, pai, um raio de tua divina complacência, luz e misericórdia para os teus filhos pecadores que aqui habitam, pelo bem da humanidade, nossa irmã.


Assim Seja !

MENSAGEM - A TRISTEZA DOS ORIXÁS


Autoria Espiritual: Vovó Maria Conga
Transcritor: Humilde e desconhecido
 Local: Algum terreiro da Bahia
 
 “Foi, não há muito tempo atrás, que essa história aconteceu. Contada aqui de uma forma romanceada, mas que trás em sua essência uma verdadeira mensagem para os umbandistas. Ela começa em uma noite escura e assustadora, daquelas de arrepiar os pelos do corpo. Realmente o Sol tinha se escondido nesse dia e a Lua, tímida, teimava em não iluminar com seus encantadores raios brilhosos como fios de prata, a morada dos Orixás. Nessa estranha noite, Ogum, o Orixá das “guerras”, saiu do alto ponto onde guarda todos os caminhos e dirigiu–se ao mar. Lá chegando, as sereias começaram a cantar e os seres aquáticos agitaram–se. Todos adoravam Ogum, ele era tão forte e corajoso. Yemanjá que tem nele um filho querido, logo abriu um sorriso, aqueles de mãe “coruja” quando revê um filho que há tempos partiu de sua casa, mas nunca de sua eterna morada dentro do coração: - Ah Ogum, que saudade, já faz tanto tempo! Você podia vir visitar mais vezes sua mãe, não é mesmo? - ralhou Yemanjá, com aquele tom típico de contrariedade. - Desculpe, sabe, ando meio ocupado - Respondeu um triste Ogum. - Mas, o que aconteceu? Sinto que estás triste. - É, vim até aqui para “desabafar” com você “mãezinha”. Estou cansado! Estou cansado de muitas coisas que os encarnados fazem em meu nome. Estou cansado com o que eles fazem com a “espada da Lei” que julgam carregar. Estou cansado de tanta demanda. Estou muito mais cansado das “supostas” demandas, que apenas existem dentro do íntimo de cada um deles… Estou cansado… Ogum retirou seu elmo, e por de trás de seu bonito capacete, um rosto belo e de traços fortes pôde ser visto. Ele chorava. Chorava uma dor que carregava há tempos. Chorava por ser tão mal compreendido pelos filhos de Umbanda. Chorava por ninguém entender, que se ele era daquele jeito, protetor e austero, era porque em seu peito a chama da compaixão brilhava. E se existe um Orixá leal, fiel e companheiro, esse Orixá é Ogum. Ele daria a própria vida por cada pessoa da humanidade, não apenas pelos filhos de fé. Não! Ogum amava a humanidade, amava a Vida. Mas infelizmente suas atribuições não eram realmente entendidas. As pessoas não viam em sua espada, a força que corta as trevas do ego e logo a transformavam em um instrumento de guerra. Não vinham nele a potência e a força de vencer os abismos profundos, que criam verdadeiros vales de trevas na alma de todos. Não vinham em sua lança, à direção que aponta para o autoconhecimento, para iluminação interna e eterna. Não! Infelizmente ele era entendido como o “Orixá da Guerra”, um homem impiedoso que se utiliza de sua espada para resolver qualquer situação. E logo, inspirados por isso, lá iam os filhos de fé esquecer os trabalhos de assistência a espíritos sofredores, a almas perdidas entre mundos, aos trabalhos de cura, esqueciam do amor e da compaixão, sentimentos básicos em qualquer trabalho espiritual, para apenas realizaram “quebras e cortes” de demandas, muitas das quais nem mesmo existem, ou quando existem, muita das vezes são apenas reflexos do próprio estado de espírito de cada um. E mais, normalmente, tudo isso se torna uma guerra de vaidade, um show “pirotécnico” de forças ocultas. Muita “espada”, muito “tridente”, muitas “armas”, pouco coração, pensamento elevado e crescimento espiritual. Isso magoava Ogum. Como magoava. Continuou Ogum: - Ah, filhos de Umbanda, por que vocês esquecem que Umbanda é pura e simplesmente amor e caridade? A minha espada sempre protege o justo, o correto, aquele que trabalha pela luz, fiando seu coração em Olorum. Por que esquecem que a Espada da Lei só pode ser manuseada pela mão direita do amor, insistindo em empunhá-la com a mão esquerda da soberba, do poder transitório, da ira, da ilusão, transformando–a em apenas mais uma espada semeadora de tormentos e destruição. Então, Ogum começou a retirar sua armadura, que representava a proteção e firmeza no caminho espiritual que esse Orixá traz para nossa vida. E totalmente nu ficou frente à Iemanjá. Cravou sua espada no solo. Não queria mais lutar, não daquele jeito. Estava cansado…
Logo um estrondo foi ouvido e o querido, mas também temido Tatá Omulú apareceu. E por incrível que pareça o mesmo aconteceu. Ele não agüentava mais ser visto como uma divindade da peste e da magia negativa. Não entendia como ele, o guardião da Vida podia ser invocado para atentar contra ela. Magoava-se por sua falange da morte, que é o princípio que a tudo destrói, para que então a mudança e a renovação aconteçam ser tão temida e mal compreendida pelos homens. Ele também deixou sua Falange aos pés de Iemanjá, e retirou seu manto escuro como a noite. Logo se via o mais lindo dos Orixás, aquele que usa uma cobertura para não cegar os seus filhos com a imensa luz de amor e paz que se irradia de todo seu ser. A luz que cura, a luz que pacifica aquela que recolhe todas as almas que se perderam na senda do Criador. Infelizmente os filhos de fé esquecem-se disso. Mas o mais incrível estava por acontecer. Uma tempestade começou a desabar aumentando ainda mais o aspecto incrível e tenebroso daquela estranha noite. E todos os outros Orixás começaram a aparecer, para logo, começarem também a despir-se de suas vestimentas sagradas, além de as deixarem ao pé de Yemanjá suas armas e ferramentas simbólicas. Faziam isso em respeito a Ogum e Omulú, dois Orixás muito mal compreendidos pelos umbandistas. Faziam isso por si próprios. Iansã queria que as pessoas entendessem que seus ventos sagrados são o sopro de Olorum, que espalha as sementes de luz do seu amor. Oxóssi queria ser reverenciado como aquele que, com flechas douradas de conhecimento, rasga as trevas da ignorância. Egunitá apagou seu fogo encantador, afinal, ninguém se lembrava da chama que intensifica a fé e a espiritualidade. Apenas daquele que devora e destrói. Os vícios dos outros, é claro. Um a um, todos foram despindo-se e pensando quanto os filhos de Umbanda compreendiam erroneamente os Orixás. Yemanjá, totalmente surpresa e sem reação, não sabia o que fazer. Foi quando uma irônica gargalhada cortou o ambiente. Era Exú. O controvertido Orixá das encruzilhadas, o mensageiro, o guardião, também chegava para a reunião, acompanhado pela Pomba-gira, sua companheira eterna de jornada. Mas os dois estavam muito diferentes de como normalmente apresentam-se. Andavam curvados, como que segurando um grande peso nas costas. Tinham na face, a expressão do cansaço. Mas, mesmo assim, gargalhavam muito. Eles nunca perdiam o senso de humor! E os dois também repetiram aquilo que todos os Orixás foram fazer na casa de Yemanjá. Despiram–se de tudo. Exu e Pomba-gira, sem dúvida, eram os que mais razões tinham de ali estarem. Inúmeros eram os absurdos cometidos por encarnados em nome deles. Sem contar o preconceito, que o próprio umbandista ajudou a criar, dentro da sociedade, associando-o a figura do Diabo: - Há, há, há, lamentável essa situação, há, há, há, lamentável! - Exu chorava, mas Exu continuava a sorrir. Essa era a natureza desse querido Orixá. Yemanjá estava desesperada! Estavam todos lá, pedindo a ela um conforto. Mas nem mesmo a encantadora Rainha do Mar sabia o que fazer: - Espere! - pensou Yemanjá - Oxalá, Oxalá não está aqui! Ele com certeza saberá como resolver essa situação. E logo Yemanjá colocou-se em oração, pedindo a presença daquele que é o Rei entre os Orixás. Oxalá apresentou–se na frente de todos. Trazia seu opaxorô, o cajado que sustenta o mundo. Cravou na Terra, ao lado da espada de Ogum. Também se despiu de sua roupa sagrada, pra igualar-se a todos, e sua voz ecoou pelos quatro cantos do Orun:

- Olorum manda uma mensagem a todos vocês meus irmãos queridos! Ele diz para que não desanimem, pois, se poucos realmente os compreendem, aqueles que assim o fazem, não medem esforços para disseminar essas verdades divinas. Fechem os olhos e vejam, que mesmo com muita tolice e bobagem relacionada e feita em nossos nomes, muita luz e amor também está sendo semeado, regado e colhido, por mãos de sérios e puros trabalhadores nesse, às vezes triste, mas abençoado planeta Terra. Esses verdadeiros filhos de fé que lutam por uma Umbanda séria, sem os absurdos que por aí acontecem. Esses que muito além de “apenas” prestarem o socorro espiritual, plantam as sementes do amor dentro do coração de milhares de pessoas. Esses que passam por cima das dificuldades materiais, e das pressões espirituais, realizando um trabalho magnífico, atendendo milhares na matéria, mas também, milhões no astral, construindo verdadeiras “bases de luz” na crosta, onde a espiritualidade e religiosidade verdadeira irão manifestar-se. Esses que realmente nos compreendem e nos buscam dentro do coração espiritual, pois é lá que o verdadeiro Orun reside e existe. Esses incríveis filhos de umbanda, que não colocam as responsabilidades da vida deles em nossas costas, mas sim, entendem que tudo depende exclusivamente deles mesmos.
Esses fantásticos trabalhadores anônimos, soltos pelo Brasil, que honram e enchem a Umbanda de alegria, fazendo a filhinha mais nova de Olorum brilhar e sorrir… Quando Oxalá calou-se os Orixás estavam mudados. Todos eles tinham suas esperanças recuperadas, realmente viram que se poucos eram os que os compreendiam, grande era o trabalho que estava sendo realizado, e talvez, daqui algum tempo, muitos outros se juntariam nesse ideal. E aquilo os alegrou tanto que todos começaram a assumir suas verdadeiras formas, de luzes fulgurantes e indescritíveis. E lá, do plano celeste, brilharam e derramaram-se em amor e compaixão pela humanidade. Em Aruanda, os caboclos, preto-velhos e crianças, o mesmo fizeram. Largaram tudo, também se despiram e manifestaram sua essência de luz, sua humildade e sabedoria comungando a benção dos Orixás. Na Terra, baianos, marinheiros, boiadeiros, ciganos e todos os povos de Umbanda, sorriam. Aquelas luzes que vinham lá do alto os saudavam e abençoavam seus abnegados e difíceis trabalhos. Uma alegria e bem-aventurança incríveis invadiram seus corações. Largaram suas armas. Apenas sorriam e se abraçavam. O alto os abençoava… Mas, uma ação dos Orixás nunca fica limitada, pois é divina, alcançando assim, a tudo e a todos. E lá no baixo astral, aqueles guardiões e guardiãs da lei nas trevas também foram alcançados pelas luzes Deles, os Senhores do Alto. Largaram as armas, as capas, e lavaram suas sofridas almas com aquele banho de luz. Lavaram seus corações, magoados por tanta tolice dita e cometida em nome deles. Exus e Pomba-giras, naquele dia foram tocados pelo amor dos Orixás, e com certeza, aquilo daria força para mais muitos milênios de lutas insaciáveis pela Luz. Miríades de espíritos foram retiradas do baixo-astral, e pela vibração dos Orixás puderam ser encaminhados novamente à senda que leva ao Criador. E na matéria toda a humanidade foi abençoada. Aos tolos que pensam que Orixás pertencem a uma única religião ou a um povo e tradição, um alerta. Os Orixás amam a humanidade inteira, e por todos olham carinhosamente. Aquela noite que tinha tudo para ser uma das mais terríveis de todos os tempos, tornou-se benção na vida de todos. Do alto ao embaixo, da esquerda até a direita, as agrégaras de paz e luz deram-se as mãos e comungaram daquele presente celeste, vindo diretamente do Orun, a morada celestial dos Orixás. Vocês, filhos de Umbanda, pensem bem! Não transformem a Umbanda em um campo de guerra, onde os Orixás são vistos como “armas” para vocês acertarem suas contas terrenas. Muito menos se esqueçam do amor e compaixão, chaves de acesso ao mistério de qualquer um deles. Umbanda é simples, é puro sentimento, alegria e razão. Lembrem-se disso. E quanto a todos aqueles que lutam por uma Umbanda séria, esclarecida e verdadeira, independente da linha seguida, lembrem-se das palavras de Oxalá ditas linhas acima. Não desanimem com aqueles que vos criticam, não fraquejem por aqueles que não têm olhos para ver o brilho da verdadeira espiritualidade. Lembrem-se que vocês também inspiram e enchem os Orixás de alegria e esperança. A todos, que lutam pela Umbanda nessa Terra de Orixás, esse texto é dedicado.
Os honrem. Sejam luz, assim como Eles! Axé ê o babá.”
"Atire a primeira pedra quem não tiver pecado."


Quando Jesus desafiou a turba perante a adúltera, deixou claro o porquê jamais devemos condenar quem quer que seja. Todos somos pas-síveis de cometer erros no curso da nossa evolução. É experimentando entre erros e acertos que chegaremos um dia à perfeição; enquanto isso, aprendamos a perdoar-nos uns aos outros...
Podemos enganar o mundo, ludibriar o nosso semelhante, esconder-nos por traz das aparências, mas jamais conseguiremos enganar, ludibriar ou nos esconder da nossa consciência...
O amor não nasce espontaneamente!


É construído no exercício da nossa liberdade enquanto actuamos no campo da convivência irrestrita, necessária e obrigatória que a vida, sabiamente, através das circunstâncias, nos impõe...
"Eu, porém, vos digo: amai os vossos inimigos."


Aqueles a quem chamamos de inimigos são nossos irmãos que, ao longo da nossa vida, surgem a conta de professores impondo-nos lições difíceis, porém necessárias ao nosso aprimoramento espiritual. É dessa forma que devemos compreendê-los e amá-los, como nos recomenda Jesus...

"O mundo é pequeno! Até as pedras se encontram!"


São afirmações populares que apontam para uma grande verdade. Cedo ou tarde, todos nos reencontraremos. Façamos o melhor para o nosso próximo, para que tenha de nós uma boa impressão, a fim de, por ocasião do reencontro, sejamos felizes...
Sentindo na Própria Pele

Nada substitui a experiência. Entretanto, quando você se apressa em julgar as atitudes alheias segundo seus próprios padrões, acredita estar de posse da verdade. Quanta ilusão! Como saber o que vai no íntimo dos outros? Como avaliar emoções que você nunca sentiu? Como saber o que vai além das aparências? Como descobrir os limites da sua resistência e certas tentações, se você nunca foi tentado? A vaidade faz crer que você sabe a melhor solução para os problemas dos outros. A sabedoria da vida tenta mostrar-lhe o relativismo do seu julgamento, trabalhando sua inteligência de várias formas, mas se você resiste, apegado aos próprios conceitos, ela coloca em sua vida uma situação igual à que você criticou, para que, "Sentindo na própria pele", você possa compreender esse relativismo e aprenda a respeitar a privacidade dos outros.
O Piano


Desejando encorajar o progresso de seu jovem filho ao piano, sua mãe o levou a um concerto de Paderewski.
Depois de sentarem, a mãe viu uma amiga na plateia e foi até ela para saudá-la.
Tomando a oportunidade para explorar as maravilhas do teatro, o pequeno menino se levantou e eventualmente suas explorações o levaram a uma porta onde estava escrito:

"PROIBIDA A ENTRADA"

Quando as luzes abaixaram e o concerto estava prestes a começar, a mãe retornou ao seu lugar e descobriu que seu filho não estava lá.
De repente, as cortinas se abriram e as luzes caíram sobre um impressionante piano Steinway no centro do palco.
Horrorizada, a mãe viu seu filho sentado ao teclado, inocentemente catando as notas de uma música infantil, tipo "Cai, cai, balão".
Naquele momento, o grande mestre de piano fez sua entrada, rapidamente foi até o instrumento, e sussurrou no ouvido do menino:
-- "Não pare, continue tocando".
Então, debruçando, Paderewski estendeu sua mão esquerda e começou a preencher a parte do baixo.
Logo, colocou sua mão direita ao redor do menino e acrescentou um belo acompanhamento de melodia.
Juntos, o velho mestre e o jovem noviço transformaram uma situação embaraçosa em uma experiência maravilhosamente criativa.
O público estava perplexo.
É assim que as coisas são com Deus.
O que podemos conseguir por conta própria mal vale mencionar.
Fazemos o melhor possível, mas os resultados não são exatamente como uma música graciosamente fluida.
Mas, com as mãos do Mestre, as obras de nossas vidas verdadeiramente podem ser lindas
Na próxima vez que você se determinar a realizar grandes feitos, ouça atentamente.
Você pode ouvir a voz do Mestre, sussurrando em seu ouvido:
-- "Não pare, continue tocando".
Sinta seus braços amorosos ao seu redor.
Saiba que suas fortes mãos estão tocando o concerto de sua vida.
Lembre-se, Deus não chama aqueles que são equipados.
Ele equipa aqueles que são chamados.
E Ele sempre estará lá para amar e guiar você a grandes coisas.

segunda-feira, 14 de junho de 2010

Mensagem de um Caboclo


Ligia segurava o charuto do caboclo que estava a cambonar enquanto a entidade em questão participava dos trabalhos em uma roda de descarrego.
Terminada a tarefa o caboclo dirigiu-se em direção a sua cambone e pediu o charuto de volta agradecendo-a por haver segurado o seu instrumento de trabalho, mas Ligia, não se contendo de sadia curiosidade, perguntou a entidade:
— Senhor caboclo?
— Pois não fia?
— O senhor poderia esclarecer-me uma dúvida?
— Pode fazer pergunta fia!
— O que eu gostaria de saber é o seguinte: por que o senhor sempre me agradece a cada vez que eu entrego o charuto que estou segurando de volta para as suas mãos?
— Suncê quer saber fia?
— Se for possível, gostaria sim.
— Fia, antes de caboclo responder, observe a atuação da nossa linha de trabalho nesta próxima roda de descarrego, sim?
— Sim senhor!
Após trabalhar com todas as pessoas que estavam naquela roda de descarrego a entidade estendeu sua destra a fim de que sua cambone segurasse o seu charuto enquanto ele e as demais entidades que participavam dos trabalhos na roda pudessem finalizar o trabalho.
Ao término daquela roda de descarga a entidade, então, tornou junto à Ligia dizendo:
— Entrega o pito de volta para Caboclo fia!
Ligia devolveu o charuto à entidade que, então, disse-lhe:
— Este caboclo agradece por toda sua atenção.
Ligia sorriu meio que ainda sem entender o porquê daquele agradecimento e o caboclo perguntou a ela:
— E então fia? O que suncê observou do nosso trabalho junto à roda de descarrego?
— Bem, eu observei algumas coisas, mas fica difícil de dizer algo, no aspecto geral, sobre o trabalho dos caboclos em uma roda de descarrego por que cada um trabalha de um jeito diferente em cada assistência.
— Isto até que é verdade, mas o que suncê observou de semelhante no trabalho de qualquer mano caboclo lá na roda?
— A fumaça do charuto! Nenhum dos senhores trabalha sem ela!
— Muito bem observado fia!
A entidade soltava umas baforadas do seu charuto enquanto fitava o semblante de Ligia e, após alguns instantes, perguntou a ela:
— Suncê ainda não entendeu porque que caboclo lhe agradece por segurar o pito dele, não é?
— Não senhor!
— Fia suncê tem o dom para isso e é por esse motivo que caboclo vai dilatar um pouco de sua percepção sensorial.
— Sim senhor!
A entidade estalava os dedos e soltavas algumas baforadas do seu charuto por toda a cabeça de Ligia. O processo durou poucos segundos e quando terminou a entidade solicitou a Ligia que abrisse os olhos.
— Nossa senhor caboclo!
— O que foi fia?
— É que eu fiquei com um pouco de tontura.
— Não se preocupe que já, já ela passa.
— Sim senhor, na verdade ela já está passando.
— Fia este caboclo vai participar de outra roda de descarrego e pede a suncê que continue a observar pra ver se descobre o porquê do nosso agradecimento, sim?
— Sim senhor.
Quando o caboclo terminou de realizar o seu trabalho com o charuto naquela roda ele, então, estendeu o braço para Ligia que, prontamente, segurou o charuto em suas mãos.
Minutos depois de terminada mais uma roda de descarrego a entidade pediu a Ligia:
— Entrega de volta o pito pra Caboclo fia!
Ligia assim o fez e ele novamente agradeceu-a para depois perguntar:
— E agora fia? O que suncê observou do nosso trabalho na roda?
— Nossa senhor caboclo! Parecia que eu estava ficando louca!
— Por que isso fia?
— Parecia que a fumaça do charuto dos senhores funcionava perispiritualmente para os assistidos na roda como se fosse uma espécie de chuveiro que tira todas as sujeiras do corpo físico.
A entidade sorriu com a comparação de Lígia e ela prosseguiu:
— É sério Sr. Caboclo! Quando a roda de descarrego terminou alguma coisa nelas parecia que estava muito mais limpo do que antes: algumas pessoas respiravam melhor, outras estavam como se tivessem retirado um peso do coração, enfim foi muito bonito de se ver.
— Fia antes de ir para a próxima roda de descarrego este caboclo pede que suncê segure o pito dele.
E, estendendo-lhe a destra, o caboclo entregou o charuto a sua cambone solicitando:
— Fia, agora feche os seus olhos e faça uma prece ao Criador pedindo bênçãos por todos aqueles que ainda passarão pelas rodas de descarga na gira de hoje!
— Sim senhor!
Ligia fez a prece com todo o fervor de sua mente e do seu coração e, então, abriu os olhos.
A entidade, assim, disse-lhe:
— Fia este caboclo agradece por suncê ter segurado o pito dele mais uma vez e pede que suncê observe o trabalho de nós em mais uma roda de descarga para ver se agora descobre o porquê dele agradecer a suncê por segurar o pito, tudo bem?
— Sim senhor!
Quando o caboclo terminou de realizar o seu trabalho com o charuto naquela roda ele, então, estendeu o braço e Ligia, prontamente, segurou em suas mãos o charuto da entidade.
O trabalho naquela roda foi finalizado e quando a entidade aproximou-se de Lígia esta estendeu-lhe as mãos na intenção de devolver o charuto para o caboclo, mas este lhe disse:
— Deixe o pito por mais um tempo em suas mãos que na hora certa este caboclo pede de volta a suncê, sim fia?
— Sim senhor!
— Este caboclo agradece por toda sua dedicação fia e pergunta: o que suncê observou nos trabalhos da última roda que caboclo acabou de participar?
— Senhor caboclo eu realmente observei algumas coisas, mas eu peço ao senhor que, se eu houver visto demais, que o senhor fale francamente comigo como sempre o fez.
— Nossa fia Ligia! Mas por que todo este alvoroço?
— Por que se na penúltima roda que o senhor participou eu percebi que a fumaça dos charutos funciona como a água de um chuveiro, nesta última roda parece que eu vi o que funciona como uma espécie de sabão ou sabonete.
A entidade deu um discreto sorriso para sua cambone e esta tornou a dizer-lhe:
— E então Senhor caboclo? Eu vi coisa onde não existia?
— De forma alguma fia! Suncê só viu o que havia para ver!
— Nossa, mas o senhor fala isto de uma maneira tão calma!
— E qual é o espanto nisto fia?
— Por que o desconhecido assusta um pouco e eu não sei nem um pouco do que eu vi.
— Fia, mas é como suncê mesma disse antes: o que tem de assustador em se tomar uma boa ducha?
— Ducha?
— É fia ou, como suncês encarnados mesmo dizem uma boa chuveirada!
— ?????
— Fia conte pra este caboclo o que foi que suncê viu!
— Bem, enquanto o senhor dava umas baforadas em uma pessoa da roda de descarrego milhares de minúsculos seres ficavam a rodear esta assistência em questão sempre na direção da cabeça para os pés. Estas espécies de seres giravam numa velocidade absurdamente alta e direcionada como se estivessem sendo controlados por alguém a distância. Eles apareciam e sumiam como que por encanto quando o senhor terminava o trabalho em uma pessoa participante da roda de descarga e passava para outra. Bom, foi isto que eu vi.
— A fia só está se esquecendo de um detalhe fundamental em tudo que observou da participação deste caboclo na última roda de descarrego!
— Verdade?
— Fia, fale uma coisa pra este caboclo!
— Sim senhor!
— Segundo a sua observação, participar desta última roda de descarrego foi mais fácil ou mais difícil do que a penúltima em que este caboclo participou?
— Ah, é verdade! Bom quem estava na dinâmica do trabalho lá na roda é o senhor, mas para mim que observava dava a nítida impressão que o senhor conseguia realizar o trabalho com muito mais facilidade, tendo em vista que na penúltima roda parecia que o senhor se concentrava muito mais para poder fazer o seu trabalho do que nesta última.
— Não foi impressão sua fia: para este caboclo, trabalhar nesta ultima roda, foi muito mais fácil que na penúltima e você fia teve uma grande parcela de responsabilidade para que caboclo obtivesse esta facilidade.
— Eu?
— Claro fia, não é suncê que é a cambone deste caboclo?
— Sou eu sim senhor, mas não sei dizer qual foi minha contribuição!
— Pense um pouco minha filha! Qual foi a grande diferença entre a penúltima e a última vez que suncê entregou o pito para este caboclo antes dele participar das rodas?
— Na ultima vez, diferentemente da penúltima, eu fiz uma prece ao Criador pedindo bênçãos para todas as assistências que participariam das rodas. Foi isto senhor caboclo? A prece que fiz a Deus?
— Fia toda prece a Tupã é sempre muito válida em nosso trabalho de fazer a caridade, mas suncê pode relembrar para este caboclo o que suncê possuía em mãos quando proferiu a referida prece?
— Meu Deus é verdade! Em minhas mãos estava o charuto do senhor!
— Exatamente fia! E então, suncê descobriu por que caboclo agradece suncê a cada vez que pede o pito dele?
— O senhor me desculpe, mas é que eu ainda não consegui chegar lá!
— Então este caboclo não vai mais fazer mistério fia: Caboclo agradece a suncê por que a cada vez que sunce entrega o pito de volta pra ele, acaba entregando junto boa parte de sua firmeza, de sua vibração, de sua energia.
— Eu???
— Não só suncê, mas cada cambone que trabalha junto a cada mano caboclo que milita em cada terreiro de Umbanda neste mundo de Tupã Nosso Pai.
— Isto é surpreendente!
— Antes da última roda que caboclo participou suncê fez prece sentida a Tupã e entregou o pito pra caboclo trabalhar cheio destas sutilíssimas e importantíssimas vibrações do desejo de caridade ao próximo.
— Sim, mas eu devo ser sincera e dizer que só fiz isto da última vez.
— Este caboclo sabe.
— Mas se das outras vezes que eu segurava o charuto do senhor eu não fazia prece alguma por que o senhor, mesmo assim, me agradecia?
— Independente de suncê fazer preces ou não, a cada vez que suncê entrega o pito para caboclo, suncê passa muito de sua energia para ele.
— Mas e se eu não estiver com energia boa no dia da gira? Eu vou acabar passando o pito para o senhor impregnado com minhas energias não muito positivas, mesmo assim o senhor me agradeceria?
— Já houve alguma gira que suncê entregou o pito pra Caboclo e ele não lhe agradeceu?
— Não senhor!
— Mas já houve giras em que suncê veio trabalhar com uma energia não muito boa, não é verdade?
— Isto é verdade, mas então por que o senhor sempre agradece?
— Fia, na verdade, o que caboclo agradece é a oportunidade de trabalho no bem que suncês dá pra nós. Umbanda é parceria fia!
— Desculpe, mas como é?
— Parceria fia: estar juntos por um objetivo em comum. Quando suncês cambones estão bem, então suncês fazem preces ou não as fazem, mas entregam o pito para nós com as energias boas que suncês estão naquele dia para nós trabalhar em favor do próximo, não é assim?
— É sim senhor!
— Já quando é suncês que não estão bem, daí somos nós que fazemos preces ao Criador, enquanto seguramos o nosso pito, rogando que suncês possam encontrar melhoras para as dificuldades de suncês e ajudar nós a trabalhar em nome da caridade cada vez mais e melhor e daí, somente após esta prece fervorosa, é que nós entregamos o pito de volta pra suncês segurar a fim de que, captando um pouco de nossa energia que deixamos no pito, suncês consigam encontrar um pouco de lenitivo que o merecimento de suncês lhes facultar.
— Meu Deus, mas isto é lindo!
Assim exclamou Ligia com a voz embargada de emoção pungente e sincera.
— Isto é Umbanda fia e Umbanda, como caboclo disse, é parceria: quando suncê não está bem e entrega o pito impregnado de energias não muito positivas para caboclo, ele então, quando pega este pito das suas mãos, agradece a suncê pela oportunidade que suncê está dando a ele de trabalhar junto a Tupã objetivando a sua melhora energética, vibracional.
— Nossa pelo que o senhor me diz a Umbanda é parceria mesmo, hein?
— Com certeza fia e é por isso que cada vez que um mano caboclo pede o pito de volta para seus cambone ele só tem a agradecer a este.
— Mas o ideal, quando o cambone não está bem, é fazer sempre preces, pedir auxílio a alguma entidade e ficar vigilante para sua vibração não cair e, assim, dificultar o trabalho das entidades, não é assim?
— Certamente não é fia!?! Mas este caboclo sabe que a filha põe em prática aqui no terreiro muito do que acabou de perguntar pra caboclo, não é verdade?
— Infelizmente não é sempre, mas graças a Deus acaba sendo a maioria das vezes, mas...
A voz de Lígia mal conseguia sair dos seus lábios tamanha era a emoção de estar aprendendo coisas tão básicas e importantes para o bom andamento de uma gira, mas de uma forma simples e prática. Mesmo percebendo a dificuldade de Lígia em falar, devido à emotividade, o caboclo incentivou-a dizendo:
— Pode falar fia.
E, fazendo um esforço grandioso para não embargar a sua voz com uma honesta emoção, foi que Lígia disse:
— Sabe o que eu acho mais lindo na Umbanda em relação a tudo isto que o senhor acabou de revelar para mim?
— A voz de suncê está embargada não é fia? Embargada de singela emoção por contemplar a prova do que disse Jesus sobre a simplicidade da misericórdia e benevolência das coisas de Deus materializada na religião de Umbanda pela presença de um simples charuto de caboclo, não é verdade fia?
As lágrimas de agradecimento por estar tendo aquela preciosa conversa com o caboclo deslizavam aos borbotões pela face de Ligia e esta emoção tão bonita e sincera a impedia de proferir qualquer resposta em relação à indagação feita pela entidade e ela, assim, só pôde respondê-lo positivamente acenando com a cabeça.
O caboclo então continuou a conversa dizendo:
— Caboclo agradece a Tupã pela parceria entre suncê e este caboclo e respeita cada lágrima de gratidão ao Criador que está deslizando pelo seu rosto, mas deve solicitar licença por um breve instante neste seu processo de agradecimento para pedir a suncê que devolva o pito deste caboclo para que ele possa participar de mais uma roda de descarrego em nome da caridade ao próximo.
As lágrimas continuavam a escorrer pelo rosto de Ligia e ela, assim, só pôde estender as mãos para devolver o charuto sem nada conseguir dizer a entidade.
A entidade pegou o charuto nas mãos, deu as costas para Ligia, andou um passo a frente e ficou parado de costas para sua cambone.
Talvez fosse para substituir um pouco daquelas lágrimas de alegria por um sorriso singelo feito da mesma emoção, talvez não, o fato foi que o caboclo novamente virou-se de frente para Ligia e disse:
— Pensou que caboclo houvesse se esquecido desta vez não é fia Ligia? Mas este caboclo não esquece nunca de agradecer a suncê por haver segurado por mais uma vez o pito dele. Que Tupã abençoe em dobro toda a atenção que suncê dispensa a este caboclo nesta nossa parceria e que seja abençoada também a parceria que Tupã tem com todos nós através da nossa sagrada e amada religião de Umbanda.
Ao que Lígia, já um tanto refeita em suas emoções, respondeu:
— Que assim seja!!!!!

quinta-feira, 10 de junho de 2010

A Língua




Médium: Francisco Cândido Xavier.

Ditado pelo Espírito: André Luiz.

Não obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes no destino das criaturas.

Ponderada – favorece o juízo.

Leviana – descortina a imprudência.

Alegre – espalha otimismo.

Triste – semeia desânimo.

Generosa – abre caminho à elevação.

Maledicente – cava despenhadeiros.

Gentil – provoca reconhecimento.

Atrevida – traz a perturbação.

Serena – produz calma.

Fervorosa – impõe a confiança.

Descrente – invoca a frieza.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

MENSAGEM - AOS MÉDIUNS DE UMBANDA

"Por ser atributo do ser espiritual a mediunidade é faculdade que o acompanhará onde quer que este se encontre. O médium não só o é nos dias e instantes que antecedem o fenômeno durante as sessões de um terreiro – essa condição se faz presente vida a fora, dia-a-dia. Muitos filhos se esquecem dessa particularidade e quando saem do terreiro não se lembram dos ensinamentos repassados pelas entidades. Se um médium é dócil, gentil, educado, fraterno em suas atitudes não o deixará de ser após as sessões; da mesma forma que se a hostilidade lhe molda a personalidade em seu cotidiano, essa característica apresentar-se-á na sua conduta como médium, muito embora conte com toda amorosidade, disciplina e seriedade de sua Banda. É comum vermos na lida diária a despreocupação dos médiuns em cultivar a serenidade, a paz interior e a gentileza natural. E aí o que acontece? Acontece que muitas entidades que lhe seguiram os passos após a sessão, precisando de seus exemplos no bem, a fim de entenderem o significado da palavra caridade de forma materializada, verão ruir por terra toda aquela aparência de bom moço e então na próxima sessão o médium chegará ao terreiro não se sentindo bem e normalmente alegará que está com algum "encosto" a lhe perturbar e que precisa de ajuda da corrente, pois na última semana nada em sua vida deu certo. Também pudera! Esqueceu que seu compromisso não é só no terreiro e se permitiu envolver com energias densas em ambientes não tão saudáveis a sua manutenção de bem-estar. E o que é pior: ainda fala que a culpa foi de seu Exu ou de sua Pomba Gira que não o protegeu! Como coisa que sejamos babás de plantão e não tenhamos serviços a executar. Há ainda alguns que dizem: "mas eu faço tudo certinho tomo meus banhos, acendo minhas velas, firmo minha Banda e só vivo atrapalhado!" Afirmamos que assim esse médium continuará até que perceba que a Umbanda faz caridade e não milagres! Que a Umbanda mostra o roteiro, porém quem tem que trilhar são os filhos. Que nela não há facilitações muito embora não existam impossibilidades – desde que se queira melhorar – afinal de contas por que vocês médiuns estão na Terra em um corpo físico? Já pararam para pensar nisso? Não pensem vocês que estou querendo colocá-los numa postura de santidade. De forma alguma! Pois lugar de Santo é no Céu e lá a lotação já está pra lá de esgotada ou então em oratório. Só estou querendo mostrar que nada passa despercebido à lei do Todo Poderoso e que não adianta colocar máscara de bonzinho porque com o tempo essas se desfazem. Não passem a culpa de seus mal-estares às entidades. Não coloquem vossas responsabilidades em nossos ombros e façam a vossa parte, porque a nossa já o fazemos. Ou vocês duvidam disso? E então meu filho em qual Encruzilhada iremos nos encontrar? Em qual delas vou te buscar? Saravá aos filhos dessa Banda!”

Autoria Espiritual: Maria Padilha das 7 Encruzilhadas
"Se a nossa missão é Umbanda, nosso dever primordial é cultuá-la com absoluta convicção, respeitando seus princípios, estudando seus fundamentos a fim de compreender os seus fins. Respeitemos as outras crenças, as deixamos a cargo daqueles que a praticam. Não é certo misturar crenças e rituais. Estudemos a Umbanda, pura, simples e bela, para que possamos praticá-la conscientemente, elevando-a ao nível que merece. “Umbanda é religião e ciência admirável, que apaixona quem a ela se dedica”.

Atila Nunes
"A doutrina da Umbanda é um sistema religioso inspirado nas leis divinas. Sua interpretação é feita pelos Guias Espirituais que a transmitem por via das comunicações mediúnicas. A lógica, a justiça e a razão são as bases dos conceitos emitidos pelas Entidades em torno de tudo o que nos rodeia na vida terrena. A doutrina umbandista é uma via de reformação humana, de espiritualização autêntica para transformar em realidade o almejado sonho de fraternidade entre os homens. Não é falsa asserção, pois é notório o resultado obtido com a doutrina ininterruptamente feita pelos espíritos missionários que se apresentam como Pretos Velhos ou Caboclos".

 João de Freitas
"O nome de Umbanda, que foi dado a um vigoroso movimento de luz, ordenado pelo Astral Superior, através dos Caboclos e Pretos Velhos, é termo litúrgico, sagrado, vibrado, que significa num sentido mais profundo, o conjunto das leis de Deus."

W. W. da Matta e Silva
O desenvolvimento mediúnico é como o desabrochar de uma flor: um fenômeno sutil, que acontece dia a dia, sem milagres ou grandes saltos em sua evolução. Desenvolver a mediunidade é um processo que começa interiormente, buscando a melhora íntima e o desenvolvimento das virtudes superiores, pois apenas através delas, acessa-se o padrão de sintonia ideal com os bondosos mensageiros que a Luz envia.

Mediunidade não é um bem para envaidecer-se, nem uma atividade que tem como objetivo matar o tempo ocioso dentro da matéria. É sim, um trabalho sério, que exige disciplina e maturidade, compaixão e carinho, para que o trabalho não se perca nas áridas ilusões do materialismo exacerbado.

Todo servidor mediúnico é uma ponte de ligação entre os planos mais sutis e a matéria. É uma porta de acesso. Mas, caso essa porta seja aberta, o que transitará por ela? Em verdade, o médium antes de ser elemento passivo na comunicação espiritual, é elemento ativo no processo de sintonia com as forças superiores. A manifestação mediúnica é impressa sobre o conteúdo anímico que todo médium traz, em sua mente e em seu coração.

Por isso o grande esforço dos mensageiros da luz, para que antes das faculdades mediúnicas desabrocharem por completo, o médium passe por um período longo de desenvolvimento, onde suas capacidades acompanharão a própria evolução interna da alma, predisposta ao trabalho de intercâmbio espiritual. A todos esses irmãos, que buscam na mediunidade, uma oportunidade de trabalho redentor, deixamos os seguintes conselhos:

Utilizem-se sempre da palavra amiga, para que a psicofonia reflita os sentimentos trazidos no coração.
Tenham olhos bondosos, que antes de procurar os defeitos alheios, sirvam para a compreensão dos próprios erros, fazendo da clarividência uma ferramenta para o autoconhecimento.
Caminhos de luz.

Para refletir...

sexta-feira, 4 de junho de 2010

ALGUNS FUNDAMENTOS UMBANDISTAS


Acreditamos em Deus eterno, imutável, único, onipotente, onisciente e onipresente;
Cremos na existência dos Orixás, Espíritos de plano superior, que comandam as 7 linhas de Umbanda;
Temos a reencarnação como ponto pacífico, logo, indiscutível;
Cremos na existência de seres fora da matéria e na sobrevivência de nossa própria alma após a morte do corpo físico;
Há possibilidade de comunicação com os espíritos desencarnados, através da faculdade mediúnica, cujo o intermediário é o médium;
Existe uma lei de causa e efeito, pela qual colhemos tudo o que plantamos;
O progresso de cada um ou as situações da vida são produtos de seu livre arbítrio ou escolha das provas com antecedência, antes da reencarnação;
Não há diferença entre o plano terrestre e o astral, apenas distinção de estados vibratórios;
Amai-vos uns ao outros é o lema principal da Umbanda, manifestado na prática da caridade, tanto na palavra como na ação;
Acreditamos na existência de outros mundos habitados, não constituindo a terra exceção do universo. Há mundos mais adiantados e orbes mais atrasados. A Terra é um plano de expiação, aprendizado e de correção moral;
Não há espíritos eternamente voltados para o mal, mas seres em estágio de aprendizado;
Todos temos guias espirituais, que nos acompanha, com a faculdade de se comunicarem conosco, através da mediunidade;
Jesus Cristo foi o espírito de categoria mais elevada que já encarnou entre nós;
Vivemos num campo vibratório peculiar, sendo cada um campo vibratório que o seu livre arbítrio comanda;
Somos todos iguais, porque filho do mesmo Deus de amor, justiça e sabedoria, fomos criados para cumprir seus sábios desígnios;
Adotamos a liberdade da prática religiosa;
Respeitamos todas a religiões, pois constituem os diversos caminhos de evolução espiritual que conduzem a Deus.
Autor Desconhecido
CILADAS E ARMADILHAS


"Nas minhas viagens pela vida como mestre espiritual, psicólogo espiritualista e discípulo do caminho, tomei ciência de muitas das armadilhas e ciladas que se encontram no caminho espiritual. Considero-me até especialista no assunto, pois caí na maioria delas.
Recomendo, convicto, a meditação sobre a lista que apresento a seguir. Embora breve em palavras, é profunda em intuições. Meu propósito, ao partilhar esses problemas possíveis, é poupar ao maior número de pessoas o sofrimento, carma negativo e atrasos no caminho da ascensão provocados pela ignorância dessas lições. O caminho espiritual é bastante fácil num plano e incrivelmente complicado em outro.

1. Abrir mão de seu poder pessoal, concedendo-o a outras pessoas, à mente subconsciente, ao ego negativo, aos cinco sentidos, ao corpo físico, ao corpo emocional, ao corpo mental, à criança interior, a um guru, aos mestres ascensionados, a Deus. Não seria perda de tempo refletir sobre isso, pois há muita sabedoria nessa curta frase.

2. Amar os outros, mas não a si mesmo.

3. Não reconhecer o ego negativo como fonte de todos os problemas.

4. Concentrar-se em Deus, mas deixar de integrar e criar de modo correto a sua criança interior.

5. Não comer corretamente e não fazer exercícios físicos suficientes, o que resulta em doença física e limitação nos outros níveis.
6. Mergulhar profundamente na vida espiritual mas não reconhecer o plano psicológico, que precisa ser compreendido e dominado.

7. Desejos materiais.

8. Exercer poder sobre os outros depois de alcançar o sucesso.

9. Desligar-se demais das coisas da Terra, o que prejudica o corpo físico.

10. Tentar escapar da Terra, em vez de criar o Céu na Terra.

11. Enxergar as aparências, em vez da verdadeira realidade que está por trás de todas as aparências.

12. Tentar tornar-se Deus, em vez de perceber que você já é o Eu Eterno, como todas as outras pessoas o são.

13. Não perceber que você é a causa de tudo.

14. Servir os outros totalmente antes de se tornar auto-realiza

15. Pensar que existe algo que se possa chamar de raiva justificada. A raiva é uma armadilha perigosa.

16. Tornar-se um extremista, e não ser moderado em todas as coisas.

17. Pensar que precisa ser asceta para tornar-se um ser espiritual.

18. Tornar-se sisudo demais, deixando de ter alegria, felicidade e diversão suficientes na vida.

19. Ser indisciplinado e deixar de perseverar incessantemente em suas práticas espirituais.

20. Abandonar as práticas e estudos espirituais quando se envolve num relacionamento.

21. Priorizar o relacionamento em detrimento do eu e de Deus. Essa é outra armadilha traiçoeira.

22. Deixar que a criança interior governe a sua vida.

23. Ser critico demais e duro demais consigo mesmo.

24. Deixar-se enredar pelo glamour e ilusão dos poderes psíquicos.

25. Tomar posse de seu poder pessoal, mas não aprender ao mesmo tempo a submeter-se a Deus; ou submeter-se a Deus, mas não aprender a assumir ao mesmo tempo seu poder pessoal.

26. Abrir mão de seu poder pessoal quando estiver fisicamente cansado.

27. Esperar que Deus e os mestres ascensionados resolvam todos os seus problemas

28. Viver no piloto automático e relaxar a vigilância.

29. Entregar seu poder a entidades que você canalizar.

30. Ler demais e não meditar o bastante.

31. Deixar que a sexualidade o domine, em vez de dominá-la.

32. Identificar-se excessivamente com seu corpo mental ou emocional, sem atingir o equilíbrio.

33. Pensar que precisa ser um canal para outras vozes ou ver ou experimentar toda espécie de fenômenos mediúnicos a fim de se tornar espiritualizado ou ascender.

34. Forçar a elevação da kundalini.

35. Forçar a abertura dos chakras.
36. Pensar que o seu caminho espiritual é o melhor.

37. Julgar as pessoas em função do nível de iniciação que alcançaram.

38. Partilhar seu nível "avançado" de iniciação com outras pessoas.

39. Contar aos outros o "bom trabalho espiritual" que você faz, em vez de simplesmente recolher-se na sua humildade.

40. Pensar que as emoções negativas são algo imprescindível.

41. Isolar-se dos outros e achar que isso é ser espiritualista.

42. Considerar a Terra um lugar terrível.

43. Entregar seu poder à astrologia e à influência das estrelas.

44. Apegar-se demais às coisas.

45. Viver desapegado demais com relação à vida; não se esforçar rumo ao desapego envolvido.

46. Viver preocupado demais com o eu; e não se dedicar o suficiente a servir os outros.

47. Enredar-se nas numerosas teorias equivocadas da psicologia tradicional, pois cada uma delas não passa de uma fina fatia da torta inteira.

48. Ser místico demais ou ocultista demais, e não se esforçar para integrar os dois lados.

49. Desistir em meio a grandes adversidades. Essa é uma das piores armadilhas. Você jamais deve desistir! Jamais deve desistir! Nunca, jamais deve desistir!
50. Achar que o sofrimento que o está incomodando - seja em que nível for - não irá passar.

51. Concentrar-se demais no nível de iniciação que alcançou, ou aguardar com ansiedade exagerada o momento da ascensão, em vez de se preocupar com o trabalho que precisa ser feito.

52. Deixar-se enredar pelos poderes espirituais ou pela obtenção dos Siddhas, em vez de reconhecer que o amor é, dentre todos, o maior poder espiritual.

53. Denegrir outros grupos espiritualistas ou metafísicos, em vez de buscar o trabalho conjunto e a unificação, mesmo que esses grupos não estejam inteiramente sintonizados com todas as suas crenças.

54. Deixar-se enredar no dogma da religião tradicional.

55. Pensar que precisa de um sacerdote, que aja como intermediário entre você e Deus.

56. Usar suas crenças espirituais para gerar divisão, elitismo ou uma condição especial indevida.

57. Tornar-se fanático demais por suas crenças.

58. Achar que você pode alcançar a iluminação por meio de drogas ou algum tipo de pílula; essa é a pior forma de ilusão.

59. Achar que outras pessoas não precisam trabalhar no caminho espiritual como você.

60. Priorizar seu relacionamento com os filhos em detrimento das relações consigo mesmo e com Deus.

61. Enredar-se em todas as atrações deste mundo material realmente fascinante.

62. Envolver-se demais no amor a uma só Pessoa, em vez de expandir seu amor para englobar muitas pessoas, e todos os outros enfim, num senso incondicional.

63. Enredar-se na dualidade, em vez de buscar equilíbrio mental, paz interior e equanimidade em todos os momentos; se você não transcende a dualidade, continuará vitima da montanha-russa emocional, sacudindo-se de um lado para o outro entre os altos e baixos da vida. A alma e o espírito pensam com uma consciência transcendente, que não tem ligação com essa lufa-lufa quotidiana.

64. Ser pai ou filho, mãe ou filha no relacionamento, em vez de assumir a condição de adulto.

65. Pensar que precisa sofrer na vida.

66. Ser um mártir do caminho espiritual.

67. Precisar controlar os outros.

68. Ter ambição espiritual.

69. Precisar de simpatia, amor ou aprovação.

70. Ter necessidade de ser um mestre.

71. Ser hipersensível ou, no outro lado da moeda, duro demais.

72. Assumir responsabilidades no lugar dos outros.

73. Ser um salvador.

74. Servir por motivos egoístas e pensar que está acumulando mérito espiritual.

75. Pensar que é espiritualmente mais avançado do que realmente o é; por outro lado, pensar que é menos avançado do que realmente o é.

76. Ser famoso.

77. Dar importância indevida à busca da paixão ou da alma gêmea, e não perceber que a alma e a mônada são aquelas que, na verdade, você está procurando prioritariamente.

78. Pensar que precisa de um relacionamento romântico para ser feliz.

79. Precisar ver-se no centro do palco; ou, no outro lado da moeda, preferir sempre se esconder pelos cantos.

80. Trabalhar e esforçar-se demais, exaurindo-se fisicamente, ou, no outro lado da moeda, distrair-se demais e não se ocupar dos assuntos do Pai,
81. Buscar orientação em médiuns e não confiar na própria intuição.

82. Trabalhar, neste plano ou no plano interior, com mestres que não sejam ascensionados e tenham compreensão e concepção limitadas da realidade.

83. Fazer do caminho espiritual um simples interesse, e não o "fogo devorador".

84. Perder tempo demais na frente da tv, lendo romances fúteis, assistindo a filmes violentos.

85. Gastar quantidades imensas de tempo e energia por falta de organização e administração adequada do tempo.

86. Pensar que discutir com os outros é algo que sirva a você ou a outras pessoas.

87. Tentar vencer ou estar certo, em vez de se esforçar pelo amor.

88. Enfatizar demais a intuição, o intelecto, o sentimento e o instinto, em vez de perceber que tudo isso precisa ser equilibrado e integrado, cada qual na sua devida proporção; a cilada, aqui, é identificar-se excessivamente com um deles.

89. Devotar-se a um guru que o diminui, em vez de se dedicar ao Eu Eterno que é você mesmo.

90. Tentar permanecer aberto todo o tempo, em vez de saber como abrir e fechar seu campo de acordo com a necessidade.

91. Não saber dizer não às pessoas, à criança interior ou ao ego negativo sempre que for necessário.

92. Pensar que a violência ou qualquer tipo de agressão contra os outros vá lhe trazer aquilo que você deseja, ou que sirva a Deus de algum modo.

93. Culpar a Deus ou irritar-se contra Ele ou contra os mestres ascensionados por causa dos próprios problemas.

94. Quando suas orações não forem atendidas, pensar que Deus e os mestres ascensionados não estão respondendo às suas preces.

95. Comparar-se com outras pessoas, em vez de se comparar com o próprio eu.

96. Pensar que ser pobre é ser espiritualizado.
97. Comparar-se e competir com os outros por causa do nível de iniciação e ascensão.

98. Assumir o papel de vítima diante de outras pessoas ou de seu próprio corpo físico, emocional ou mental; desejos, cinco sentidos, ego negativo, eu inferior.

99. Estudar demais e não manifestar seus conhecimentos no mundo real.

100. Pensar que seu mau humor é a verdadeira realidade de Deus.

101. Pensar que o valor reside em fazer e alcançar coisas.

102. Pensar que você não precisa se proteger espiritual, psicológica e fisicamente.

103. Pensar que glamour, ilusão, maya, ego negativo, medo e separação são reais.

104. Usar açúcar, estimulantes artificiais, café e refrigerantes para obter energia física.

105. Tentar fazer tudo sozinho e não pedir a ajuda de Deus; ou, no outro lado da moeda, pedir a ajuda de Deus e não se ajudar a si mesmo.

106. Amar um pouco menos as pessoas porque elas o estão tratando mal ou dando um exemplo negativo de egoísmo; não distinguir a pessoa de seu comportamento.

107. Perder a fé na realidade viva da alma, a mônada, Deus e os mestres ascensionados, e na capacidade que eles têm de ajudá-lo se você perseverar e fizer sua parte.

108. Pensar que outras pessoas podem atingir a ascensão, mas não você, ou pelo menos não nesta vida.

109. Tentar atingir a ascensão para fugir dos problemas.

110. Pensar que a Terra é uma prisão, e não reconhecê-la como um dos sete céus de Deus.

RESUMO

Penso que a lista acima proporciona um bom material para reflexão. O eu inferior, os poderes do glamour, da ilusão e do maya e o ego negativo são por natureza incrivelmente traiçoeiros e ardilosos. Como disse o mestre Yoda nos filmes da série Guerra nas Estrelas, "Não subestime o poder do lado escuro da força". Uma vez emaranhado nele, pode ser bem difícil encontrar a saída. Manter a clareza da mente é algo que exige enorme vigilância, autodisciplina, devotamento e devastadora honestidade. Se o ego não conseguir fazer que você se sinta um subalterno, certamente tentará fazê-lo sentir-se um manda-chuva, idéia ainda mais sedutora.
Tudo o que existe no universo divino é governado por leis - físicas, emocionais, mentais e espirituais. Aprendendo a compreender essas leis e tornando-se obediente a elas você trilha o caminho da ascensão. Posso lhe assegurar que essas intuições podem ser úteis para evitar o sofrimento e aprender pela graça.

por Dr. Joshua David Stone"
Marcadores: CILADAS E ARMADILHAS
CONTINUAÇÃO OS ANIMAIS TEM MEDIUNIDADE

No processo evolutivo, os animais, pouco a pouco, vão se modificando. A princípio possuem uma "alma-grupo" que, no evoluir das espécies, vai se individualizando.
Aprendemos na escola, que a escalada evolutiva segue a seguinte ordem: peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos. Fazendo uma análise e comparando cada qual, notamos que a espécie mais evoluída é a dos mamíferos.
Poderemos nos perguntar: nós também não somos mamíferos?
Sim, realmente somos, mas pertencemos ao grupo hominal.
E o que nos diferencia das demais espécies?
Nós já temos a faculdade da razão e uma inteligência já desenvolvida. Sobre nós impera a Lei do Livre Arbítrio e a Lei da Ação e Reação.
Os animais possuem uma inteligência fragmentária, possuem sentimentos, mas sobre eles impera o instinto.
E qual o papel deles junto a nós?
Através das leituras, vamos adquirindo a consciência de que eles, como nós, estão passando por um processo evolutivo. Nós, buscando o aperfeiçoamento moral e espiritual, para um dia atingirmos as alturas angélicas; eles, evoluindo nas diversas espécies, para um dia reencarnarem no reino hominal.
Em algumas literaturas é colocado que:

"Nossa responsabilidade para com eles é a mesma do Plano Espiritual Maior para conosco".

Então, estas pequenas criaturas que conosco comungam a jornada terrena e nos auxiliam, muitas vezes sendo sacrificadas em benefício da ciência para o bem da humanidade, merecem de nós respeito, compreensão, amor e auxílio em sua evolução.
Devemos, pela responsabilidade a nós colocada, dar o melhor de nós a estes irmãos menores, pois este "melhor" estará guardado intuitivamente em seus corações e, quando passarem para o reino hominal, já terão dentro de si o amor.
Poderão, então, ser pessoas melhores, evoluindo mais rapidamente pelos caminhos do bem e do amor.

Já dizia Leonardo Da Vinci:


"O dia em que o homem conhecer o íntimo dos animais, todo crime realizado contra um animal, será um crime contra a humanidade".

Portal do Espirito
Marcadores: OS ANIMAIS TEM MEDIUNIDADE